EMPREGO: Empresas de agronegócio contratam mais de 4 mil temporários

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A chegada da safrinha, que neste ano já está sendo chamada de ''safrona'', está fazendo a alegria das empresas de serviços temporários e, consequentemente, de milhares de pessoas que estavam desempregadas e estão conseguindo uma colocação. Neste período são contratados mais de 4 mil temporários na região de Londrina.

Profissionais - As empresas do segmento do agronegócio, como as de vendas de equipamentos, insumos, transportes, armazenamento, cooperativas e até financeiras correm atrás de vários tipos de profissionais para reforçar seus quadros. São pessoas para receber a colheita, descarregar e carregar os caminhões, classificadores de grãos, balanceiros, assistentes de compras, assistentes administrativos, faturistas e diversos outros profissionais. Este aquecimento no setor agrícola é percebido de forma mais intensa a partir de fevereiro até abril, quando se colhe a safra de verão e depois de julho a outubro, quando chega a safra de inverno. 

Nova temporada - ''Só para a safrinha a nossa empresa já contratou mais de 1.200 pessoas'', diz o diretor da Labor Trabalhos Temporários, Silvio Lopes. Segundo ele, algumas pessoas que foram contratadas em fevereiro e demitidas em abril, ao término da safra, voltam a ser contratadas nesse novo período para uma nova temporada de trabalho. 

Crescimento - ''Eu vejo um crescimento nessa área. As empresas que não utilizavam os serviços temporários estão usando agora este sistema como alternativa. Cada vez mais eles têm aderido a contratações por períodos determinados. Para se ter uma ideia, em 2010 foram contratados cerca de 3 milhões de pessoas para serviços temporários no Brasil. Esse é um volume muito grande. O interessante é que existe uma estatística que apontou que destes 3 milhões, 30% foram contratadas definitivamente'', explica Lopes. 

Tercerização - Neste período a maioria das empresas opta por terceirizar a contratação desta mão de obra temporária por causa da flexibilidade na admissão e demissão. A regra que rege o contrato temporário é diferente do que ocorre na CLT. No contrato temporário, a empresa não precisa pagar a multa de 40% para o funcionário e os 10% para o governo sobre o valor depositado no FGTS. Também não é preciso recolher os 5,8% para o Sistema 5 S (Sesc, Senac, Senai, Senat e Sebrae). 

Estabilidade - Para a gerente da Alternativa Trabalhos Temporários, Solange de Oliveira Rabelo, há 15 anos atuando neste segmento, mesmo com um aumento significativo na colheita, as mudanças na área se mantiveram. De acordo com a gerente, o ano passado estava mais difícil de arrumar mão de obra qualificada, mas esse ano as coisas se estabilizaram. ''Antes era complicado explicar para um dono de empresa a importância do serviço temporário. Hoje, eles já têm consciência dessa necessidade. São eles que vêm até nós e não mais nós até eles'', explica.

Setores - Desde o começo de 2011, o setor de serviços foi o que mais empregou em Londrina. Registrando um saldo positivo de 1.796 empregos. Atrás dele estão os setores da indústria da transformação (269), construção civil (162) e agropecuária (126). No total, Londrina contratou 10.213 profissionais e demitiu 7.804. (Folha de Londrina)

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