Embaixada dos EUA nega espiogem em campo de soja

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A Embaixada dos Estados Unidos divulgou ontem um comunicado sobre o funcionário do Serviço de Inspeção de Saúde Vegetal e Animal do Departamento de Agricultura daquele País, que teve de deixar o Brasil depois de visitar, sem autorização do Ministério da Agricultura, lavouras de soja no Brasil. Segundo Jorge Waquim, chefe de gabinete da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério, o funcionário americano fazia coleta, sem o conhecimento e o acompanhamento do Ministério, de esporos da ferrugem da soja, doença que afeta o grão em várias regiões do País. A embaixada reconhece que o Ministério não foi comunicado, mas nega que o funcionário americano fizesse coleta de amostras de soja. Segundo o comunicado, "desde a detecção da ferrugem da soja no Brasil e no Paraguai, há dois anos, o Aphis (sigla em inglês para o serviço) tem trabalhado com seu equivalente brasileiro para estudar a doença e aprender sobre possíveis práticas de controle".

Visita anterior - Com esse objetivo, o funcionário havia visitado o Brasil em maio de 2003, com conhecimento e cooperação do Ministério da Agricultura. Ainda conforme o comunicado, "naquela época foram feitos planos para o retorno desse funcionário ao Brasil em agosto para participar no Congresso Brasileiro de Fitopatologia e no Congresso Brasileiro da Soja. Ele pretendia consultar seus pares brasileiros e aprender mais sobre as últimas pesquisas científicas sobre ferrugem da soja". O funcionário voltou em agosto, mas não comunicou o ministério sobre as novas visitas. A embaixada não explicou por que o funcionário não comunicou a visita ao ministério nem faz qualquer referência à Lei do Bioterrorismo americana, citada por Waquim por incluir em sua lista de patógenos a ferrugem da soja. Mas promete trabalhar "para assegurar melhor coordenação no futuro", referindo-se à visita às propriedades sem a autorização do governo brasileiro.

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