Eleições 2002:
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Essa forma de campanha política pode não ser a melhor, mas é a que temos. Talvez até os candidatos com mais recursos financeiros acabem levando vantagem sobre concorrentes mais “pobres”. Diante de todas as imperfeições da campanha eleitoral, não podemos nos somar a uma minoria da população que prefere contribuir para deixar que as coisas fiquem como estão, para depois reclamar da má performance de nossos futuros ad-ministradores e parlamentares.
Na verdade, “produzir” bons políticos depende de cada uma de nós, dos votos que os elegem. Depende da sociedade organizada que busca mudan-ças, pois hoje as reformas são alcançadas através dos legisladores escolhidos em eleições. Por isso os debates e as oportunidades que temos para conhecer melhor os candidatos são salutares para o aprimoramento democrático.
O sistema ideal de eleição talvez fosse o voto distrital, que infelizmente ainda não foi adotado no Brasil, e que poderia permitir um acompanhamen-o melhor da vida de cada político. Como não existe esse sistema, a solução é ir adiante com o que temos, buscando escolher aqueles que, no nosso entendimento, mais se afinam com os nossos interesses não apenas durante a véspera das eleições. É preciso lembrar do passado de cada um, da contribuição que já deu para o sistema ao qual estamos vinculados.
A Ocepar, organização que representa os interesses de aproximadamente 1,2 milhão de paranaenses que dependem diretamente das cooperativas, tem defendido a participação política dos integrantes das cooperativas com os objetivos muito claros: primeiro, porque a democracia só pode ser exercida na sua plenitude através do conhecimento e dos debates políticos; segundo, porque ninguém fará nada pelo cooperativismo e pela agropecuária se não perseguirmos com firmeza nossos objetivos, arrebanhando adeptos a nossas idéias.
Por tudo isto é que, como cidadãos que integram e participam ativamente de uma sociedade que tem como essência o regime democrático, temos tanto o dever como a obrigação nesta hora de votarmos em candidatos afinados com nossos ideais cooperativistas. Vamos escolher aqueles candidatos que, independentemente da sua sigla partidária ou ideologia, defenderam e continuarão defendendo os interesses do cooperativismo, que estejam comprometidos com nossa luta por um Brasil mais justo. Nós, como verdadeiros cooperativistas temos este grande desafio agora no próximo domingo, 6 de outubro.
(*) engenheiro agrônomo e presidente do Sistema Ocepar.