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ELEIÇÕES 2002:

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MUDANÇAS ATRAVÉS DA AÇÃO POLÍTICO-EDUCATIVA

(*)João Paulo Koslovski

É possível encontrarmos várias justificativas para nos omitirmos das obrigações como cidadãos, contribuindo assim para deixar as coisas como estão. Uma das faltas mais graves do cidadão é a não participação política, com a desculpa de que os eleitos "são sempre os mesmos", ou porque "atuam em causa própria", ou ainda "porque não fazem nada por mim". Apesar da evolução política ocorrida com a volta do regime democrático, viabilizada com a ajuda do Poder Legislativo, ainda é muito comum a omissão política e a promessa de cidadãos anularem seus votos, como se isso fosse a solução aos nossos problemas.

O erro está justamente na omissão, que contribui para que continuem sendo eleitos parlamentares não comprometidos com os interesses do setor produtivo. Pior, políticos que parecem defender interesses individuais, ou de grupos econômicos não representativos.

Numa sociedade que deseja implantar melhorias à população, a democracia é a instituição ideal, que se constrói no dia-a-dia e se aperfeiçoa permanentemente. E as eleições que ocorrem no próximo dia 6 de outubro oferecem mais uma oportunidade para que defendamos a cooperação, no sentido amplo de vida dos cidadãos brasileiros.

Evidentemente, como em qualquer escolha, corremos o risco de decepções, de erros e de sermos criticados. Não faz mal: é melhor errar por ação de reta intenção do que por omissão; o importante é o cooperativismo assumir, com todas as letras, a responsabilidade de apresentar a seus co-operados diversos nomes de candidatos às eleições deste ano, proporcionando a oportunidade ímpar de escolha dos melhores nomes na avaliação dos eleitores, que são artífices deste momento político.

O programa de Ação Político-Educativa aprovado pelas cooperativas e coordenado pela Ocepar foi uma demonstração de democracia e, sobretudo, de responsabilidade das lideranças. Não nos omitimos, ao contrário, as cooperativas, através de suas lideranças, pessoas físicas, assumiram com grande empenho a missão de levar ao conhecimento dos cooperados, o programa de trabalho que cada um se propõem a realizar.

É preciso entender que as mudanças só ocorrem se atuarmos de forma conjunta, pressionando para que nossas teses sejam defendidas e viabilizadas. O nosso comprometimento em participar ativamente na orientação aos cooperados, representa nossa disposição de buscar, com firmeza e responsabilidade, a escolha de políticos que, independentemente da sigla partidária, possam defender nossas reivindicações.

Assim, como as cooperativas não alcançam seus objetivos sem o comprometimento de seus integrantes, o mesmo ocorre com o processo eleitoral. É preciso que os candidatos se comprometam com as ações das cooperativas e do cooperativismo, defendendo, de forma intransigente posições cujo objetivo é a melhoria das condições de vida dos cooperados, seus familiares e usuários do sistema.

Somos mais de 1 milhão de pessoas que podem, devem e, mais que isso, têm a obrigação de exercer a democracia e o direito de escolher livremente seus candidatos. A nossa Ação Político-Educativa, visando as eleições deste ano, certamente será um marco de referência importante, sobretudo quanto à disposição dos dirigentes das cooperativas em realizarem o melhor pelo aperfeiçoamento da democracia.

Conscientes do dever cumprido vamos à luta pela conquista de nosso espaço, pois somente com determinação e muito trabalho podemos formar lideranças políticas cada vez mais comprometidas com o desenvolvimento do cooperativismo, sistema que promove uma melhor distribuição de renda, trabalho e melhores condições de vida aos seus integrantes.

(*) João Paulo Koslovski, engenheiro

agrônomo e presidente do Sistema Ocepar

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