ECONOMIA MUNDIAL I: Chile deve estar na OCDE até março de 2010
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Brasil é a potência regional, mas será o Chile o primeiro país da América do Sul a aderir à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), espécie de clube das nações ricas. O governo chileno espera aderir até março do ano que vem, antes de terminar o mandato da presidente Michelle Bachelet. Uma delegação de deputados e senadores está em visita à OCDE, para entender melhor os padrões exigidos para a economia chilena passar a respeitar e aprovar as mudanças em leis o mais rápido possível.
Exitosos - "A adesão significa fazer parte dos 30 países mais exitosos", exultou o ministro de Finanças, Andres Velasco. "É o reconhecimento internacional aos logros do Chile nos terrenos político, econômico e social. Somos uma economia aberta, não só ao comércio e investimentos, mas também a novas ideias", completou. Os chilenos não escondem o entusiasmo em poder entrar na entidade que "reúne economias ricas e em trajetória ascendente". Indagado sobre o simbolismo de ser o primeiro sul-americano a entrar na OCDE, o ministro chileno foi magnânimo: "Esperamos que outros entrem depois".Amorim - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, abriu os braços sorrindo quando indagado como via a entrada do Chile na entidade, antes do Brasil. Depois comentou: "Eles têm uma economia diferente da nossa". Na OCDE, quando se fala de novos membros, o interesse é basicamente em torno do Brasil, China, India e Rússia, que formam o Bric. Dos quatro, só a Rússia deflagrou seu processo de adesão. "Trata-se de um acontecimento importante que confirma um avanço estratégico da Rússia para se integrar no sistema econômico mundial', afirmou a ministra do Desenvolvimento Econômico, Elvira Nabiullina.
Brasil - O Brasil está com um pé dentro e outro fora. Já participa de 30 comitês da OCDE, inclusive do que cuida de regras sobre financiamento de aeronaves, colocando a Embraer em situação de igualdade com a canadense Bombardier. Mas o país, que quer assumir um papel crescente na governança global, desistiu de participar do Comitê sobre Pequenas e Médias Empresas, onde também regras são definidas para o resto do mundo. O argumento dado pelo Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) é de que tem outras prioridades. (Valor Econômico)