Economia: Caem vendas, mas cresce superávit
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Há grandes dificuldades na economia brasileira, mas o superávit comercial vai bem, como mostram os informativos de economia nesta segunda-feira. Por exemplo, a economia brasileira cresce menos que 1% neste ano, segundo prevêem especialistas do setor, em razão do aperto monetário que levou a economia brasileira à recessão no primeiro semestre. Uma sondagem do Banco Central (BC) mostrou nesta segunda-feira que a mediana das estimativas de quase 100 instituições financeiras para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2003 caiu de 1,03 para 0,94 por cento. Em 2002, um ano marcado pela turbulência eleitoral, a economia conseguiu uma performance melhor, de 1,5 por cento. Este ano, a economia já contraiu-se nos dois primeiros trimestres do ano, em relação ao período anterior, o que é designado por muitos economistas como recessão técnica. A pesquisa mostrou ainda que após 14 semanas de queda, os prognósticos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiram levemente, de 9,55 para 9,61 por cento. Para a inflação em 2004 as estimativas foram mantidas em 6,2 por cento, mas para os próximos 12 meses tiveram alta, de 6,25 para 6,48 por cento.Em setembro, o mercado vê uma inflação de 0,63 por cento, taxa superior à de 0,57 por cento prevista no relatório anterior.
Queda no varejo - O comércio varejista brasileiro registrou em julho o oitavo mês seguido de queda nas vendas, com um resultado negativo de 4,36% na comparação com o mesmo período do ano passado. Desde o início do ano, o varejo acumula uma queda de 5,42% nas vendas (3,47% nos últimos 12 meses). Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o resultado de julho mostra, entretanto, que a situação está um pouco melhor do que a registrada no início deste ano. Embora esteja no vermelho, o ritmo de queda nas vendas vem diminuindo desde maio, quando o comércio teve um resultado negativo de 6,27%. Em junho, a queda já havia sido menor, de 5,59%. Mas para melhorar as vendas, o comércio está sendo obrigado a faturar menos. Entre maio e julho, a receita dos varejistas cresceu num ritmo menor, apesar do setor ter vendido mais. O faturamento do comércio, que estava 15,25% acima do registrado no ano passado em maio, está agora com um crescimento de 14,14%. No acumulado em 2003, a variação é de 15,04% sobre o mesmo período de 2002 (12,6% nos últimos 12 meses). O setor que mais contribuiu para a queda foi mais uma vez o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,46%). Em seguida, vieram artigos de uso pessoal e doméstico (-3,83%); tecidos, vestuário e calçados (-6,20%); combustíveis e lubrificantes (-2,43%); e móveis e eletrodomésticos (-1,01%).
Cresce a balança comercial - A balança comercial brasileira
acumula em setembro, até o dia 14, um superávit de US$ 1,414 bilhão.
Com isso, o saldo do ano já ultrapassa US$ 16,5 bilhões. Na segunda
semana do mês (08 a 14), a balança apresentou um superávit
de US$ 701 milhões, resultado de exportações de US$ 1,677
bilhão menos importações de US$ 976 milhões. Apesar
do bom saldo semanal, o fluxo de comércio no período foi menor
que o da semana anterior. De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações
registraram queda, pela média diária, de 8,75% no período,
enquanto as importações ficaram 13,24% menores que as da primeira
semana do mês. No acumulado do mês, as exportações
somam US$ 3,515 bilhões contra US$ 2,101 bilhões das importações.
As vendas externas, pela média diária, estão 13,7% maiores
que as registradas no mesmo período de 2002. As importações
também estão 10,6% maiores que a média diária de
setembro do ano passado. No ano, o superávit acumulado é de US$
16,546 bilhões. Esse resultado supera em 162,8% o superávit obtido
pela balança comercial no mesmo período do ano passado (US$ 6,296
bilhões). As exportações somam no ano US$ 49,025 bilhões
contra US$ 32,479 bilhões das importações. (Fonte:UOL Economia)