ECONOMIA: 69% dos brasileiros acreditam que situação econômica do país não vai melhorar
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Praticamente sete em cada dez brasileiros têm uma avaliação negativa em relação a recuperação econômica do país. Pesquisa do Datafolha mostrou que para 41% dos entrevistados a situação econômica do país não irá melhorar nos próximos meses e que para 28%, a situação vai ficar como está. O levantamento foi realizado de 8 a 10 de dezembro de 2020. Para outros 28%, ela vai melhorar. Os percentuais são praticamente os mesmos verificados na pesquisa realizada pelo instituto em agosto do ano passado.
Entrevistas - A pesquisa ouviu, por telefone, 2.016 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Para 2021, as expectativas do mercado financeiro são de retomada do crescimento, após a contração da economia registrada em 2020 por causa da pandemia. Esse crescimento, no entanto, não será suficiente para repor as perdas verificadas no ano passado, o que só deve ocorrer em 2022. Para o primeiro semestre deste ano, o cenário é de mais incertezas, em razão do tempo necessário para o início do programa de vacinação e da evolução da pandemia da Covid-19 no país.
Auxílio emergencial - A redução do auxílio emergencial pela metade, por exemplo, colocou a renda de cerca de 7 milhões de pessoas abaixo do nível de pobreza de até R$ 5,50 por dia em outubro de 2020, em relação ao verificado em setembro, e esse número deve subir para quase 17 milhões com a extinção do benefício, de acordo com estudo do pesquisador Vinícius Botelho, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). A pesquisa do Datafolha mostrou que o auxílio emergencial ainda era única fonte de renda para 36% das famílias que receberam pelo menos uma parcela do benefício no ano passado. De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados pediram o auxílio emergencial, e 81% desses pedidos foram atendidos. Dados do governo mostram que o voucher alcançou quase 70 milhões de brasileiros.
Desigualdade - Há também dúvidas em relação às “cicatrizes” deixadas pela crise, com a expectativa de que a retomada amplie as desigualdades vistas no país. A retomada do mercado de trabalho também é dúvida, mesmo com a geração re- corde de vagas com carteira em novembro.
Desemprego - No total, o desemprego bateu novo recorde em novembro, atingindo 14 milhões de brasileiros. A taxa de desocupação chegou a 14,2%, o maior percentual da série histórica da Pnad Covid, pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciada em maio do ano passado para mensurar os efeitos da pandemia no país. Esse indicador considera o mercado informal de trabalho, autônomos e funcionários públicos. (Com informações da Folhapress)