Dinheiro para a próxima safra pode atrasar

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O Plano de Safra 2005/06 será anunciado com atraso. Contrariando pleitos do setor, a taxa de juros do Moderfrota provavelmente será mantida de 9,75% a 12,75% ao ano, assim como os limites de financiamento por agricultor. Há quem duvide que o governo será capaz de manter o crescimento do crédito rural, que vem aumentando de 20% a 30% ao ano nos últimos anos. O governo já admite que só anunciará em meados de junho, e não em maio, como planejado. O atraso é motivado pela prorrogação das dívidas atuais, o que dificulta a negociação para a obtenção de maior volume que o liberado na safra 2004/05: R$ 39,5 bilhões, dos quais R$ 33,4 bilhões já foram gastos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) avaliaria hoje os programas de investimento do Plano Safra e, na reunião de maio, os votos referentes ao custeio e comercialização das lavouras. Mas a renegociação da dívida dos produtores atrapalhou o cronograma original: agora, o programa de financiamento deve ser avaliado de uma vez no final de maio, quase um mês de atraso em relação à agenda original. "Fomos atropelados pelos fatos", diz o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivan Wedekin, referindo-se à seca que afetou a produção e à queda dos preços das commodities. Segundo o secretário, o grande desafio será levantar recursos para o plantio e comercialização, ao mesmo tempo que o renegocia as dívidas. (Gazeta Mercantil)

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