CRISE PODE FORÇAR BRASIL IR PARA A ALCA
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Empresários e lideranças temem que a fragilidade da economia brasileira, provocada pela desvalorização do real pela necessidade constante de rolar a dívida externa - resultados da forte vulnerabilidade do País - seja usada pelos Estados Unidos como instrumento para forçar o Brasil a assinar o acordo da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), mesmo que as reivindicações do Brasil não venham a ser contempladas no processo de negociações. "Nossa fragilidade pode nos forçar a assinar um acordo que teremos de engolir", disse o coordenador da Coalizão Empresarial, Osvaldo Douat, também vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Benedicto Fonseca Moreira, disse que "quem deve demais e precisa rolar suas dívidas, corre o risco de ver sua mão forçada a assinar um acordo, mesmo tendo que engolir exigências um tanto amargas". E foi além: "será mesmo que os Estados Unidos vão abdicar de seus subsídios agrícolas, de sua lei de comércio? E a União Européia, com quem também estamos negociando, também vai aceitar abrir mão de seus subsídios à agricultura?", questionou, para responder em seguida. "Temos de ser realistas. O Brasil não tem participação relevante no comércio mundial e, por isso, não temos força para negociar acordos internacionais". Segundo a Organização Mundial de Comércio (OMC), o Brasil é responsável por apenas 0,8% do comércio mundial. (Fonte: Agência Estado)