CRISE NO CAMPO VI: Coopermibra participa da mobilização

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Na próxima terça-feira, dia 16 de maio, Campo Mourão realiza o maior protesto agrícola de sua história. O movimento, organizado pelo Sindicato Rural e que acontecerá também em várias cidades de todo Brasil tem como principal objetivo sensibilizar o governo para a crise do setor agrícola que se agrava a cada dia. Ciente do drama que se instalou sobre o setor produtivo e também sobre as trágicas conseqüências que isso trará no futuro, a Coopermibra – Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil, também estará participando desse movimento. “Nós estamos vendo e sentindo a dificuldade que os produtores estão enfrentando e não podemos deixar de dar o nosso apoio”, disse o diretor vice-presidente da Coopermibra, engenheiro agrônomo Valdomiro Bognar, ao justificar a participação da Cooperativa no protesto. Segundo ele, é preciso chamar a atenção do Governo para essa situação que, se não for devidamente tratada agora, pode se tornar caótica e incontrolável no futuro. 

Efeitos no comércio - “O Governo Lula ainda não acordou para esse problema”, afirma ao lembrar que essa crise instalada sobre o agronegócio começa a afetar outros setores. “O setor produtivo não está agüentando mais. Se essa crise continuar, a indústria também será afetada como já está acontecendo com as montadoras de máquinas agrícolas e de automóveis. O comércio também já está sentindo os efeitos negativos e a conseqüência de tudo isso será uma onda muito grande o desemprego”, analisa. Como exemplo ele cita o caso do Rio Grande do Sul, onde cerca de 7 mil postos de trabalho do setor de máquinas e implementos agrícolas já foram extintos. Outro exemplo citado por Bognar foi o resultado negativo na produção industrial do Paraná (- 3,2%) registrado no primeiro trimestre do ano conforme anuncio do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em Campo Mourão, a crise do setor agrícola já está sendo sentida com mais intensidade em setores como o comércio, a prestação de serviços e a construção civil. “Tudo isso já é um reflexo das dificuldades que o setor agrícola vem enfrentando nos últimos anos”, salienta Bognar.

 

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