CRÉDITO RURAL: Sistema OCB promove fórum para debater medidas do novo Plano Safra

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O Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) realizou, na tarde de terça-feira (05/07) um fórum virtual para apresentação e debate das medidas do Plano Safra 2022/2023. O secretário de Política Agrícola do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Guilherme Bastos, e o diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário do Mapa, Wilson Vaz, falaram sobre os principais parâmetros definidos para as linhas de financiamento do crédito rural. Também participaram da reunião o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o coordenador do ramo agropecuário da OCB, e presidente da Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, além do presidente do Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas Brasileiras), José Roberto Ricken, o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, e a superintendente da OCB, Tânia Zanella. Por meio de plataforma virtual, cerca de 200 lideranças e profissionais de cooperativas brasileiras acompanharam o evento.

Diálogo - “O novo plano safra foi resultado de uma construção que ouviu e dialogou de forma intensa com o setor produtivo. O crédito rural continua sendo um instrumento fundamental de suporte aos produtores, contribuindo para a manutenção da competitividade da agropecuária brasileira”, afirmou o secretário de Política Agrícola. “Vamos seguir dialogando, esclarecendo pontos nos quais os produtores e cooperativas tenham dúvidas, buscando sempre boas soluções”, disse Bastos.

Evolução - Segundo Wilson Vaz, a cada ano o Plano Safra evolui, a partir da contribuição de diferentes setores da cadeia produtiva. “O mecanismo de crédito rural, que existe há mais de 60 anos, não ficou parado no tempo, foi se ajustando, encontrando o equilíbrio entre as necessidades da agricultura e as dificuldades orçamentária”, observou. Para o diretor do Mapa, o novo plano tem pontos importante, obtidos num cenário econômico desafiante. “Foi feito um grande esforço para garantir recursos a juros menos elevados. O montante foi positivo e todas as taxas ficaram abaixo da Selic, com um foco especial para os pequenos e médios produtores”, disse.

Preocupação - O coordenador do ramo agropecuário da OCB afirmou que o setor reconhece os esforços e a disposição para o diálogo das equipes do Mapa e demais órgãos governamentais para a construção do Plano Safra. No entanto, ressaltou que existem pontos que preocupam as cooperativas, entre eles o limite de R$ 50 milhões no PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns). Segundo Baggio, os custos elevados neste tipo de empreendimento tornam a restrição de valor um fator de dificuldade para a expansão da capacidade estática do setor. 

Efeito multiplicador - “É preciso defender e manter a estrutura do crédito rural, que é um mecanismo eficaz e que gera um efeito multiplicador de renda não apenas na agropecuária, mas para toda a economia”, afirmou. De acordo com Baggio, o crédito rural é essencial para o suporte aos investimentos do setor cooperativista. “As cooperativas não podem fazer IPO (Oferta Pública Inicial) em bolsa de valores e outros mecanismos de financiamento, como as emissões de títulos, ainda são insuficientes para garantir recursos aos projetos do segmento”, disse.

Futuro - O presidente do Sistema OCB agradeceu a presença dos representantes do Ministério da Agricultura no fórum virtual. “Importante avaliar em conjunto as medidas do plano safra, pois as cooperativas são parte fundamental nesse tema. Oportuno esclarecer dúvidas e verificar o que pode ser retocado e trabalhado e, sobretudo, ter uma visão de futuro e tendências para o crédito rural. A missão que temos é construir pontes de diálogo, para que os produtores e cooperados tenham informações e possam acessar recursos que garantam a produtividade no campo e a competitividade global da agropecuária brasileira”, concluiu Freitas.

 

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