CRÉDITO: Cooperativas \"livres\" agora em cidades com 300 mil habitantes

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou voto ampliando de 100 mil para 300 mil habitantes o limite para o funcionamento das cooperativas de livre admissão de associados. O CMN também permitiu a abertura de cooperativas mútuas que reúnam mais de uma categoria profissional. Foi editada, ainda, uma circular que diminui, na prática, as exigências de patrimônio líquido das cooperativas, abrindo espaço para maior alavancagem nos empréstimos. A resolução significa um passo além da reforma do sistema cooperativo, iniciado em 2003, quando a Resolução 3.106 permitiu a possibilidade de constituição de cooperativas de livre admissão.

Ampliando espaços - Até então, as cooperativas eram fechadas a grupos restritos - agricultores e trabalhadores de uma categoria, por exemplo. Na prática, as cooperativas de livre admissão funcionam como pequenos bancos. "Nossa intenção é, aos poucos, ampliar os limites impostos às cooperativas", disse Gilson Bittencourt, assessor especial do Ministério da Fazenda. "No futuro, as cooperativas devem ter tratamento idêntico ao dispensado aos bancos, com permissão inclusive para operar nas regiões metropolitanas e capitais". Hoje, as cooperativas de crédito de livre admissão de associadas estão limitadas a cidades com até 750 mil habitantes, o que impede a maior expansão do sistema em Curitiba, por exemplo.

Importância para o crescimento – As novas medidas anunciada pelo governo foram elogiadas, hoje, pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, e pelo coordenador do Comitê Especializado de Crédito do Paraná, Seno Cláudio Lunkes. Koslovski disse que essa abertura permite, na prática, um maior crescimento das cooperativas de crédito, através da ampliação da base de adesão e do conseqüente aumento dos ativos. “Com isso, mais pessoas das comunidades podem se beneficiar do cooperativismo de crédito”, frisou. Seno Lunkes, que também é presidente da Central Sicredi Paraná, afirmou que este é mais um passo que o governo dá em favor do cooperativismo de crédito. “Ao atender nossas reivindicações, as autoridades da área econômica sinalizam seu reconhecimento e confiança ao cooperativismo de crédito”, frisou.

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