CPI DO PROER OUVE MENDONÇA DE BARROS

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O Programa de Reestruturação dos Bancos Privados (Proer) foi necessário e oportuno para evitar uma crise bancária e garantir o sucesso do processo de estabilização econômica do Brasil. A afirmação foi feita ontem (28) pelo professor de Economia da USP José Roberto Mendonça de Barros, durante depoimento na CPI que investiga as relações do Banco Central com as instituições financeiras privadas durante o período de vigência do Proer, entre 1995 e 1997. Ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Mendonça de Barros disse que, dentre os programas de reestruturação implementados em outros países, o do Brasil é o que terá o maior índice de retorno em relação aos recursos aplicados pelo Governo - R$ 27 bilhões em valores atualizados. Segundo ele, o custo do programa, somado ao capital extra aplicado pelo Governo no Banco do Brasil, foi estimado em 4% do PIB e hoje estaria em torno de 1,77% em função do pagamento dos empréstimos.

Custos e sigilo- De acordo com o presidente da Comissão, deputado Gustavo Fruet (PMDB-PR), além de esclarecer se havia realmente risco de crise bancária que justificasse o Proer, a CPI pretende descobrir o volume do prejuízo que o programa teria causado aos cofres públicos. "Se o Proer não fosse implantado, o que poderia ter acontecido com a economia brasileira? Essa é uma questão que será respondida, mas queremos saber também se o repasse de recursos públicos para manutenção do sistema bancário representou benefício proporcional aos seus custos", afirmou o parlamentar. A CPI do Proer adiou para sua próxima reunião, no dia 4 de dezembro, a votação da quebra dos sigilos bancário e fiscal de dois ex-interventores do banco Bamerindus, Flávio Siqueira e Gilberto Loscilha, e dos assessores do último, Valdir Frazão e Antonio Toledo da Silva. Na mesma data, a CPI deverá ouvir o depoimento do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. No dia 6, o depoente será o ministro da Fazenda, Pedro Malan.

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