CPI DO LEITE DE MINAS GERAIS CONFIRMA CARTEL

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Com novos indícios de formação de cartel pelas indústrias, a CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito - do Preço do Leite de Minas Gerais encerrou sua fase de inquéritos. Ontem (13/03), o ex-presidente da Cooperativa Agropecuária de Divinópolis, Domingos Sávio, e o ex-diretor da entidade, Oswaldo Henrique Guimarães, confirmaram aos deputados a realização de reuniões entre indústrias para definição de preços ao produtor. As empresas negaram a prática de fixação do valor pago aos fornecedores. Mesmo com o depoimento de representantes da Danone, Nestlé e Parmalat - e também da Itambé, que não foi denunciada, mas esclareceu sua posição - de que as empresas não adotam o procedimento de definição conjunta de preços ao produtor, o presidente da CPI, deputado João Batista de Oliveira (PDT), afirma que as provas testemunhais são suficientes para confirmar o cartel das indústrias de leite. "Apresentaremos as denúncias ao Ministério Público", avisa.

Documentos - Com o fim dos inquéritos, os deputados continuam a análise de 28 mil páginas de documentos reunidos desde o início dos trabalhos, em 29 de agosto passado. Uma decisão já foi tomada: a CPI entrará com ação na Procuradoria Geral de Justiça do Estado contra os supermercados pela cobrança de luvas de seus fornecedores e conclamou as indústrias a se unirem à Comissão. "Temos provas documentais e testemunhais, inclusive a confissão de empresários", acrescenta João Batista. (Fonte: FAEMG)

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