COTRIGUAÇU: Cooperativa investe R$ 50 milhões em logística

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A Cotriguaçu, cooperativa central que tem como sócias a C.Vale, a Coopavel, a Copacol e a Lar, vai investir R$ 50 milhões na construção de um ponto de apoio logístico no município de Cascavel, Oeste do Paraná. O valor inclui a construção de estruturas e câmaras frias (R$ 40 milhões) e a compra de 60 vagões ferroviários (R$ 10 milhões). As obras devem começar em 15 dias e a inauguração está prevista para daqui a 18 meses.

 

Primeiro passo - Trata-se do primeiro passo das cooperativas para ampliar o transporte por meio de trens em parceria com a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste). "A Cotriguaçu tem terminal portuário em Paranaguá e agora terá terminal ferroviário", explicou o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli, que também comanda a Coopavel. A cooperativa ganhou a concessão de uma área de 11,5 hectares próximo ao terminal da Ferroeste para erguer a estrutura.

 

Produção de frangos - As quatro filiadas da Cotriguaçu atuam no segmento de carnes e, juntas, produzem 44 mil toneladas de frango por mês, sendo 20 mil toneladas para exportação. Juntas, elas abatem 1 milhão de frangos por dia, contou o executivo. Parte da produção (20%) já segue para o porto por ferrovia, mas a intenção é aumentar o volume. "Também temos interesse em criar estrutura logística para grãos", adiantou Grolli, sobre os planos de construir armazéns em Cascavel no futuro, a partir de 2013.

 

Recursos - Fundada em 1975, a Cotriguaçu tem também moinho de trigo e deve faturar R$ 130 milhões em 2011. Para os investimentos, ela vai usar recursos próprios e estuda a possibilidade de fazer financiamento do Banco do Brasil ou do BRDE, que é repassador de recursos do BNDES. Com o transporte por trens, Grolli quer reduzir custos com logística e aumentar a competitividade para exportação.

Ferroeste - A Ferroeste tem 248 quilômetros de ferrovia, entre Cascavel e Guarapuava, e opera com prejuízo. O governo quer aumentar o volume de transporte e investir em locomotivas. Para chegar ao porto de Paranaguá, a empresa precisa usar direito de passagem por vias da América Latina Logística (ALL) ou optar por intermodalidade, com caminhão.

 

Em negociação - Maurício Theodoro, presidente da Ferroeste, informou que até 2015 haverá novos investimentos por parte das cooperativas, que estão sendo procuradas para ajudar a viabilizar os planos da estatal. "Estamos negociando intermodalidade com a Coamo". Hoje a Ferroeste tem dez locomotivas (seis delas em operação) e 60 vagões. Ela transporta apenas 5% da capacidade da região onde está instalada. Vai transportar 1 milhão de toneladas em 2011. Theodoro quer chegar a 2 milhões em 2013. (Valor Econômico)

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