Cotonicultor aguarda regulamentação
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Quando em março deste ano, a CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - aprovou o plantio e a comercialização de uma variedade de algodão transgênico, o cotonicultor brasileiro vislumbrou a possibilidade de que esta cultura pudesse representar cerca de 30% do plantio nas lavouras comerciais, a partir da safra 2005/2006, o que não se confirmou. De acordo com João Carlos Jacobsen Rodrigues, vice-presidente da Abrapa, encarregado de assuntos de biotecnologia, o algodão transgênico possibilita ao agricultor brasileiro a oportunidade de usufruir de vantagens como controle efetivo das principais pragas que atacam a lavoura, redução de custos de produção, facilidade de manejo da cultura e menor risco de intoxicação pelo uso de agrotóxicos.
Resistência a pragas - De acordo com estudo realizado pelos professores Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho e Augusto Hauber Gameiro, da Esalq, o uso da tecnologia Bollgard, oferece resistência a três das principais pragas algodoeiras. Se utilizada em 50% da área plantada no Brasil, traria uma redução agregada de custos de produção da ordem de R$ 20,1 milhões ao ano, geradas pela redução no uso de inseticidas, de óleo diesel e dos demais custos associados à aplicação de agroquímicos. O algodão transgênico resistente a insetos é, atualmente, cultivado nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, África do Sul, China, Índia, México, Argentina, Colômbia, Filipinas, grandes concorrentes do Brasil no mercado internacional.