Corol se prepara para entrar no setor de carnes
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Segundo Eliseu
de Paula, presidente da Corol, cooperativa que tem sua sede no município
de Rolândia, norte do estado, entre as diversas metas traçadas
pela diretoria, ele destaca o “Projeto Carnes” a proposta que está
em sua fase final de implantação é adotar o modelo integrado
para carnes, em especial com bovinos, para num segundo momento investir em aves
e suínos. O projeto, de acordo com ele, é um tripé constituído
pela segurança, liquidez e rentabilidade. Entre as justificativas apresentadas
por Eliseu, para que a cooperativa entre no mercado da carne, são os
números da demanda, destacando que entre 2000 e 2003 o consumo per capita
de frango no Brasil passou de 29,9 kg para 36,6 kg/ano; da carne bovina de 35,8
kg para 36,5 kg; e suína de 10,5 kg para 13,4 kg. Outro ponto importante,
é que na área de abrangência da cooperativa existem 7.450
propriedades rurais, com um rebanho bovino de 514.703 mil cabeças. “Cerca
de 514 pecuaristas do norte do estado já manifestaram interesse pelo
projeto que exigirá recursos na ordem de US$ 15 milhões e com
perspectivas de um faturamento anual de aproximadamente US$ 200 milhões
na plenitude do projeto, gerando cerca de mil empregos diretos e mais uma centenas
de indiretos”, lembra o dirigente.
Parcerias – A cooperativa já realizou diversas
reuniões com os interessados, onde apresentou o projeto que deverá
entrar em funcionamento nos próximos 18 meses. Segundo Eliseu, para viabilizar
a atividade, o projeto da Corol define obrigações tanto para a
cooperativa como ao produtor cooperado. A cooperativa vai garantir assistência
técnica, financiar insumos, receber a produção, fazer o
adiantamento do custo produção, industrializar, comercializar,
apurar resultados e fazer a complementação de preço. Do
outro lado, o produtor se compromete em produzir de acordo com os padrões
de marcado, seguindo orientações técnicas e adotando o
sistema de rastreabilidade, tem o compromisso da entrega dos animais programados
e na época determinada e assinar contrato de financiamento pelo prazo
mínimo de amortização do investimento. De acordo com Eliseu,
a idéia é fazer com que o produtor participe de toda a cadeia
produtiva. Segundo Eliseu, hoje a região norte do Paraná é
responsável por mais de 50% do rebanho paranaense, com mais de 4 milhões
de cabeças de bovinos. “Se formos levar em conta o número
de pecuaristas que já manifestaram interesse teríamos hoje matéria
prima suficiente para uma abate diário de 1,2 mil cabeças, mas
nosso projeto prevê inicialmente abate de 500 bois por dia podendo chegar
a mil”, destaca o presidente da Corol.
Exportações
– Segundo Eliseu o projeto tem como meta atingir o mercado externo, principalmente
Europa, Ásia e Estados Unidos. A cooperativa pretende firmar parceria
também com uma empresa internacional, com o objetivo de formar uma joint-venture.
Na avaliação de Eliseu, é uma maneira de desenvolver uma
atividade transparente, situação que segundo ele não é
possível no mercado interno, que atua com uma política muito informal.