Corol aposta no mercado de carne bovina
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A Cooperativa Agroindustrial de Rolândia (Corol), no norte do Paraná, assina nos próximos dias uma joint venture com um grupo americano para a criação de uma empresa especializada na exportação de carne bovina. O negócio, avaliado em US$ 40 milhões, prevê a construção de um frigorífico com capacidade para 2 mil cabeças por dia. Toda a produção deverá ser exportada para Estados Unidos, Europa e Ásia. O projeto marca a entrada da Corol no ramo de carnes. A cooperativa, que faturou US$ 250 milhões no ano passado, atua hoje nas áreas de grãos, fruticultura, rações, café e na produção de açúcar e álcool. A intenção, na primeira etapa, é abater 500 cabeças por dia. A capacidade plena deve ser atingida em três anos. A idéia é produzir um "boi verde", ou seja, um animal criado a pasto cuja origem possa ser rastreada até a fazenda onde foi feita a engorda. As obras devem começar em cinco meses e o frigorífico, que será construído em Rolândia, entra em operação em um ano.
Planos - O projeto envolverá inicialmente 500 pecuaristas do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Estuda-se até a instalação de um boitel - local onde os animais ficam confinados para ganhar peso - nas proximidades da indústria, para garantir a uniformidade do rebanho. O objetivo da Corol é envolver toda a cadeia na formulação dos preços, que deverão ser elaborados por meio de um acordo com a empresa e uma comissão formada por representantes dos pecuaristas. Serão comercializados também subprodutos do boi, como couro, bucho, tripa, casco, chifre, sangue e outros, o que deverá garantir remuneração próxima de 100% do peso do boi. A Corol possui 7,3 mil associados em 30 municípios do norte do Paraná. (Gazeta Mercantil)