COOPERATIVISMO: Governo vai liberar R$ 2 bilhões para cooperativas agrícolas
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Reivindicação - Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, a medida vem ao encontro de pleitos da Ocepar e OCB apresentados ao governo para amenizar os efeitos da crise financeira mundial. Kosloviski lembra, entretanto, que a liberação do montante anunciado pelo ministro ainda depende de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). "Esperamos que isso ocorra ainda neste mês", afirma. O presidente do Sistema Ocepar também destacou a necessidade de que os recursos possam vir a ser operados diretamente pelas cooperativas agropecuárias e de crédito.
Prodecoop - No final do ano passado, o CMN aprovou a ampliação do valor do financiamento do Prodecoop de R$ 35 milhões para R$ 50 milhões por cooperativa, dentre os quais R$ 10 milhões destinados para capital de giro não associado ao investimento. Os recursos são repassados pelo BNDES, mas o banco ainda não divulgou as normas de operacionalização dos recursos. "A Ocepar tem mantido contatos praticamente diários com o Ministério da Agricultura para agilizar a divulgação da resolução", ressalta João Paulo Koslovski.
Dívidas rurais - Na reunião ocorrida nesta segunda-feira, os ministros da Agricultura e da Fazenda também discutiram a prorrogação do prazo para os bancos operacionalizarem a conversão dos débitos dos agricultores que aderiram à renegociação da dívida rural, que venceu no fim do ano. Segundo Stephanes, o atraso das instituições financeiras em recalcularem os juros, a origem da dívida e redefinirem o valor das parcelas está fazendo produtores serem considerados inadimplentes porque ainda não começaram a pagar as parcelas. "Os agricultores ficaram inadimplentes não por culpa deles, mas porque os bancos não tiveram tempo para operacionalizar a conversão das dívidas", explicou o ministro. "Se eles continuarem inadimplentes, não conseguirão crédito para a colheita e a comercialização da safra atual nem conseguirão plantar a safrinha de milho em março."
Processos - Segundo o ministro da Agricultura, existem 2,8 milhões de processos de conversão de dívidas nos bancos brasileiros. No encontro com Mantega, ficou definido que o governo discutirá a saída jurídica para que os agricultores que renegociaram as dívidas deixem de ser considerados inadimplentes, seja por meio de uma resolução do CMN ou até de uma medida provisória.
Café - Na reunião, também foram discutidas medidas de ajuda aos produtores de café, afetados, conforme Stephanes, pelo preço em baixa e pelo aumento nos custos dos fertilizantes. O ministro da Agricultura afirmou que, na quarta-feira (7), um grupo de estudos começará a debater o socorro ao setor. (Com informações da Agência Brasil)