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Cooperativas retomam exportações de milho

Diante dos baixos preços praticados no mercado do milho em relação à safra passada, as exportações são, novamente, a solução encontrada pelas cooperativas do Paraná. O professor da Universidade Federal do Paraná, Eugênio Stefanelo, em palestra realizada na semana passada em Guarapuava, numa promoção da Sicredi Terceiro Planalto e com apoio da Ocepar, estimou que uma exportação de 3 milhões de toneladas para auxiliar a manter os preços bons, mas "não mais a R$ 22,00 a saca", pois a conjuntura especial vivida pelo setor não deve se repetir, inclusive por causa da situação do câmbio, onde o real está estagnado um pouco acima de R$ 2,80. Na busca de um melhor preço no mercado internacional, o Paraná já exportou mais de 1 milhão de toneladas, a maior parte vendida por cooperativas.

Preços equivalentes - Os preços praticados no mercado externo se equivalem aos do mercado interno, pois consumidores esperam a safrinha recorde do Paraná, que deve chegar a 4,5 milhões de toneladas. E como os negócios internos são poucos, as cooperativas exportam, aliviando um pouco o mercado interno e abrindo espaço para estocar a próxima safra. A Cooperativa Mista Bom Jesús da Lapa, por exemplo, deverá negociar no mercado externo cerca de 70% do milho dos produtores associados. Na sexta-feira, por exemplo, a cooperativa vendeu milho (porto) por R$ 16,30/saca, o que significa R$ 13,50 no interior. A Cooperativa Agrícola Mista São Cristóvão (Camisc), de Mariópolis, é outra que busca liquidez na exportação. Segundo Celso Santos, da Camisc, a cooperativa vendeu 3 mil toneladas no transferido de Paranaguá em junho, e planeja exportar mais. "A safrinha é muito grande e as indústrias do Sul também estão recebendo milho do Paraguai", explica Santos.

Comercialização atrasada - Até este semana passada quase 50% da safra de milho permanecia nos armazéns das cooperativas, enquanto o normal seria 30% para a época. Como a comercialização da soja também está atrasada, os armazéns estão com pouco espaço, levando as cooperativas a buscarem novas oportunidades de venda. A Coamo, que foi pioneira da exportação de milho no Paraná, já realizou boas vendas ainda no primeiro semestre e deve continuar vendendo mais, especialmente se as taxas de câmbio forem favoráveis. A cooperativa já está em conversações com clientes da Espanha, Japão e China. (Fonte: Jornal Valor Econômico).

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