Cooperativas retomam exportações de milho
Preços equivalentes - Os preços praticados no mercado externo se equivalem aos do mercado interno, pois consumidores esperam a safrinha recorde do Paraná, que deve chegar a 4,5 milhões de toneladas. E como os negócios internos são poucos, as cooperativas exportam, aliviando um pouco o mercado interno e abrindo espaço para estocar a próxima safra. A Cooperativa Mista Bom Jesús da Lapa, por exemplo, deverá negociar no mercado externo cerca de 70% do milho dos produtores associados. Na sexta-feira, por exemplo, a cooperativa vendeu milho (porto) por R$ 16,30/saca, o que significa R$ 13,50 no interior. A Cooperativa Agrícola Mista São Cristóvão (Camisc), de Mariópolis, é outra que busca liquidez na exportação. Segundo Celso Santos, da Camisc, a cooperativa vendeu 3 mil toneladas no transferido de Paranaguá em junho, e planeja exportar mais. "A safrinha é muito grande e as indústrias do Sul também estão recebendo milho do Paraguai", explica Santos.
Comercialização atrasada - Até este
semana passada quase 50% da safra de milho permanecia nos armazéns das
cooperativas, enquanto o normal seria 30% para a época. Como a comercialização
da soja também está atrasada, os armazéns estão
com pouco espaço, levando as cooperativas a buscarem novas oportunidades
de venda. A Coamo, que foi pioneira da exportação de milho no
Paraná, já realizou boas vendas ainda no primeiro semestre e deve
continuar vendendo mais, especialmente se as taxas de câmbio forem favoráveis.
A cooperativa já está em conversações com clientes
da Espanha, Japão e China. (Fonte: Jornal Valor Econômico).