Cooperativas: máquinas de produzir riquezas

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As cooperativas brasileiras de produção agropecuária estão em estado de graça: são estruturas extremamente profissionais, verticalizaram a produção, agregaram valor à matéria-prima e se mantêm em expansão tanto no mercado interno quanto no externo.

Enxutas e produtivas colhem, a cada ano, resultados positivos, com faturamento e lucro em alta. Não é à-toa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, rasgou elogios ao sistema, durante solenidade em comemoração ao Dia do Cooperativismo, no Palácio do Planalto: ''Não estamos só falando de uma eficiente máquina de produção, mas de uma plataforma de crescimento do poder local e nacional''.

E no caso das cooperativas paranaenses a constatação de sua importância econômica e social é inconteste. Aliás, o Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) tem números que comprovam que a expansão do agronegócio está intimamente ligado à do cooperativismo.
No ano passado, por exemplo, elas responderam por 52% do Produto Interno Bruto estadual, com faturamento bruto de R$ 9,7 bilhões, produção de 13,5 milhões de toneladas de grãos e exportação de US$ 642 milhões, que corresponderam a 59% da receita obtida com as vendas externas das cooperativas brasileiras. As 67 empresas do setor no Estado empregam 33 mil pessoas e mobilizam perto de 90 mil produtores associados.

Estudo da Ocepar mostra que, em 2002, as cooperativas agropecuárias ainda proporcionaram a distribuição de R$ 352,7 milhões nos setores de comércio e serviço das regiões onde atuam, por meio da distribuição de parte dos lucros aos associados. E também, no ano passado, investiram R$ 450 milhões e geraram 2.298 empregos diretos.

Processo iniciado em 1935, com a criação da Cooperativa Agropecuária Batavo, pelos produtores da colônia holandesa, em Carambeí, no centro-sul do Paraná, as empresas deixaram para trás o foco paternalista e seguiram pelo caminho do profissionalismo, destacando-se atualmente entre as principais empresas do agronegócio paranaense.

O faturamento é alto acima de R$ 100 milhões anuais, mas que pode chegar aos R$ 3 bilhões, como prevê a Coamo, de Campo Mourão. Com a agroindustrialização geraram riqueza, promoveram a mudança de perfil de municípios do Oeste. E anteciparam a atual política do governo federal do primeiro emprego, em alguns anos, ao abrirem empregos com carteira assinada a milhares de trabalhadores. (Editorial publicado na edição do Jornal Folha de Londrina, sábado, dia 5 de julho de 2003)

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