COOPERATIVA LAR: UM NOVO PERFIL ECONÔMICO

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Com a finalidade de mudar o seu perfil empresarial, deixando de ser apenas uma sociedade cooperativa agropecuária e passar a ser reconhecida também como uma empresa agroindustrial, os cooperados da Cotrefal decidiram, durante assembléia realizada no último dia 27 de julho, mudar o nome para Cooperativa Agroindustrial Lar. Segundo o presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, a diretoria concluiu que era preciso fazer alguma coisa para viabilizar os pequenos proprietários, na sua grande maioria cooperados. Somente a produção de grãos não estava sendo suficiente para gerar novas oportunidades, para isto seria necessário investir e ampliar a suinocultura, avicultura, produção de leite, vegetais, mandioca e outros produtos. Com 5.300 cooperados, 1.900 funcionários, 13 entrepostos e com 7 indústrias, a previsão da cooperativa é de faturar neste ano, cerca de R$ 310 milhões.

Modernização - ?Nos últimos anos ? conta Irineo - a Lar realizou importantes investimentos no setor industrial, com visão estratégica para a modernização das atividades e melhoramento da produtividade. Durante vários anos consecutivos, nossos cooperados bateram recordes em produtividade e a cooperativa foi superando suas metas de produção recebida e de faturamento?, lembra. O presidente ressalta que conhecendo as tendências dos consumidores, novos projetos foram concebidos. ?Preparamos a cooperativa para realizar investimentos ousados, mantendo a confiança de todos os parceiros. Hoje reconhecemos que criou-se um ambiente positivo que culminou com a mudança do nome da Cotrefal para Lar, ajustando-se assim ao novo perfil econômico e de seus clientes?, destaca Irineo. O maior faturamento da cooperativa hoje vem do setor industrial, que é comercializado através da marca Lar. Por isso a mudança do nome aconteceu de forma bastante natural.

Desempenho ? Segundo o presidente, todos os investimentos projetados em 2000 foram concluídos no início deste ano, para que a cooperativa pudesse mudar seu perfil e gerar novas oportunidades para seus cooperados. ?Nossa produção de soja foi ampliada, foi necessário investir na indústria, para que pudéssemos processar um farelo diferenciado, o Hypro, farelo com alta proteína e na fábrica de ração também. Estes dois investimentos são resultados da nossa produção de frango que necessitava uma ração melhor. Investimos também na suinocultura, com a construção de uma nova Unidade de Produção de Leitões no valor de R$ 5 milhões, para revigorar este setor. Na indústria de mandioca foram R$ 6 milhões, na indústria de vegetais congelados foram R$ 6 milhões e no setor frango que foram R$ 17 milhões, além da renovação da frota de veículos que consumiram em torno de R$ 3 milhões. Se somarmos todos estes investimentos realizados nos últimos anos mais o que nossos cooperados também realizaram, chegaremos a um total de R$ 50 milhões?, lembra Irineo. E neste primeiro semestre de 2001, com a inauguração da Unidade Desativadora de Grãos, foram investidos mais R$ 1,2 milhão.

Investimentos - A previsão da Lar para novos investimentos neste e no próximo ano (2001/2002) é de aproximadamente R$ 20 milhões, assim distribuídos: R$ 6 milhões em um nova fábrica de ração; R$ 12 milhões no setor avícola, (matrizeiros, ovos férteis e incubatórios) e investimentos na duplicação ou em uma nova Unidade Produtora de Leitões. A meta da cooperativa é que a metade destes investimentos sejam oriundos de recursos próprios e a outra parte em parceria com os municípios da região, já que a Lar é uma grande geradora de impostos e empregos.

Recordes ? A meta da cooperativa para última safra era receber 2,9 milhões de sacas soja, fato este, que por si só bateria todos os recordes anteriores. Mas para surpresa de todos o total recebido superou todas as expectativas, chegando em 3,2 milhões de sacas. A produção de milho atingiu 2,6 milhões de sacas, sendo 800 mil safra verão e 1,8 milhões safrinha. ?Este ano de 2001 foi um ano extraordinário e pretendemos aumentar ainda mais, chegar a 3,3 milhões de sacas de soja e 2,8 milhões de sacas de milho. Nosso cooperado está correspondendo e dá sua contrapartida produzindo de forma eficiente? lembra Costa Rodrigues.

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