Contratos de álcool estréiam em NY com valorização
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Os contratos futuros de álcool tiveram seu "début" em grande estilo na Nybot (New York Board of Trade). Antes da abertura oficial do pregão do álcool, na sexta-feira, às 8h50, dez minutos antes das operações do açúcar (contrato 11), a Nybot fez uma cerimônia para lançar os novos contratos, com a presença de produtores brasileiros - representados por Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica) -, traders e analistas de mercado. No primeiro dia de operação, foram negociados 187 lotes futuros. Para os contratos de junho, os preços encerraram o dia a 80 centavos de dólar por galão, com variação positiva de 4,5% no dia, impulsionados pela presença de tradings, segundo a Fimat Futures. Os preços de abertura para junho foram de 76,5 centavos de dólar. Também foram negociados no dia os contratos de setembro, novembro e fevereiro.
Indicador - A estréia do álcool como commodity internacional teve um gosto de vitória para o Brasil, que participou ativamente dos critérios de negociação desses contratos. "Esses contratos servirão como um indicador, o que permitirá a fixação futura dos preços. Além disso, será um mecanismo de hegding para o mercado e que poderá viabilizar o financiamento da atividade", afirmou Carvalho ao Valor, por telefone. O clima era de otimismo geral no primeiro dia de operação dos contratos. Os contratos de opção entram hoje em operação na bolsa. "O mercado está na expectativa de que esses contratos atraiam interesse dos investidores", disse Michael McDougall, diretor para América Latina da Fimat, que acompanhou o desempenho dos contratos na sexta-feira.
Contratos -
Os contratos de álcool negociados na bolsa são do tipo anidro
desnaturado, cotados em centavos de dólar por lote de 7,75 mil galões
americanos, alinhados com os contratos 11 de açúcar. Os meses
de vencimentos desses contratos serão fevereiro, abril, junho, setembro
e novembro. Serão nove os países de origem, com o Brasil e os
Estados Unidos incluídos na lista. No Brasil, a expectativa do setor
sucroalcooleiro é de que as negociações no mercado internacional
ganhem maior volume.