CONTINUIDADE DA GREVE NA SEAB PREOCUPA OCEPAR E FAEP
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Diante da decisão tomada no final da tarde de ontem (6), pelos funcionários da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná (Seab) de continuarem por tempo indeterminado com a greve iniciada na última segunda-feira, dirigentes da Ocepar e da Faep estudam a possibilidade de entrar com uma ação na justiça no sentido de garantir a sanidade animal e vegetal no Estado. "Precisamos assegurar o trânsito de animais dentro do Paraná e esta ação poderá nos dar esta tranqüilidade", lembra Carlos Augusto, assessor da Faep. Segundo ele, o próprio Ministério da Agricultura poderia assumir temporariamente a responsabilidade de fiscalizar e autorizar o trânsito de animais dentro do Estado.
Koslovski - Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, esta ação conjunta das duas entidades visa a manutenção das conquistas do setor agropecuário, principalmente no que diz respeito a febre aftosa, pois esta greve coloca em risco o status de área livre com vacinação. João Paulo lembra que entre os três estados do Sul, o Paraná se destacou em 2001 pelo bom desempenho em suas exportações. "Tivemos um crescimento de 21% nas exportações graças ao controle da doença e aos investimentos realizados pelas cooperativas e agroindústrias. Arrecadamos cerca de US$ 5,317 bilhões, dos quais, 62,8% das exportações são produtos agrícolas. Nossas cooperativas investiram no ano de 2001, aproximadamente R$ 250 milhões e a previsão para este ano de 2002 é de R$ 450 milhões, R$ 180 milhões só no setor carne. São conquistas importantes e que não podemos, em hipótese alguma, colocar em risco por uma questão salarial", lembrou Koslovski.
Governo - Antecipando-se ao problema, os presidentes da Faep, Ágide Menguette e da Ocepar, João Paulo Koslovski, estiveram reunidos, no dia 27 de fevereiro último, com o governador Jaime Lerner e com o secretário da Agricultura, Deni Schwartz, quando na oportunidade entregaram um ofício demonstrando a preocupação dos produtores paranaenses com os possíveis prejuízos que poderiam ocorrer com a greve. Na ocasião o governador se comprometeu evitar a deflagração da paralisação na Seab. "Mais uma vez apelamos ao governador e servidores da Seab, para que seja encontrada uma solução o mais rápido possível. O setor não pode ficar a mercê de tudo isto. É uma violência contra o setor pecuário do estado, que vem crescendo e dando sustentação econômica ao Paraná. Os resultados sociais são grandes, os investimentos também, as cooperativas e os demais produtores querem e exigem uma solução imediata para o problema, para que tenham tranqüilidade para continuarem produzindo e ajudar o estado se desenvolver cada vez mais", salientar o líder cooperativista.