Concordata da Parmalat surpreende o setor
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O pedido de concordata preventiva da Parmalat Alimentos e a Parmalat Participações, feito ontem (29) em São Paulo, surpreendeu autoridades do governo e o próprio setor lácteo. As empresas querem prazo de dois anos para pagamento das dívidas, sendo 40% no primeiro ano e 60% no segundo, com taxa de juros de juros de 4% para a Parmalat Participações. O pedido de concordata estanca as ações individuais que vinham sendo movidas por alguns credores, como o Banco do Brasil, o Sumitomo e o Banco Fibra. O total da dívida do grupo no Brasil é estimado em R$ 3,5 bilhões.
Estoques arrestados - A Parmalat Alimentos foi alvo de diversos pedidos de falência e teve os estoques de sua fábrica de Jundiaí (SP) arrestados em ação do Banco do Brasil. Diante do pedido de concordata, a cúpula do governo federal decidiu discutir o problema hoje, em uma grande reunião envolvendo os ministérios da Fazenda, Casa Civil, Justiça e Agricultura, além do Banco Central, Banco do Brasil e representantes da comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar a crise da Parmalat. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, cancelou a reunião marcada para ontem com representantes da empresa, ao saber do pedido de concordata. O temor do ministro é que a crise do setor, agravada pela concordata, provoque desabastecimento de leite.
Audiência
Pública em Curitiba - A comissão da Câmara Federal designada
para acompanhar a crise da Parmalat estará em Curitiba na segunda-feira
(2/02) para uma audiência pública a ser realizada ás 10
horas da manhã no Plenarinho da Assembléia Legislativa.