Competitividade brasileira limita superávit comercial
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Projeto - O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, preparou um trabalho para o painel "Oportunidade de Negócios e Novos Mercados" onde mostra a falta de um projeto de exportação no Brasil. Segundo ele, em 1974, o Produto Interno Bruto (PIB) da China era de US$ 150 bilhões e as exportações mal superavam a marca dos US$ 6 bilhões (a preços de 1997). No mesmo período, o PIB do Brasil era de US$ 334 bilhões e as exportações de quase US$ 12 bilhões. Quase 20 anos depois, a China exporta US$ 249 bilhões e o Brasil US$ 60 bilhões. "Os dados confirmam que o caminho trilhado pelo Brasil certamente não foi o mais condizente para a criação de prosperidade", disse Tang. Segundo ele, durante essas duas décadas, os dois países trilharam caminhos distintos. A China optou por crescer exportando, o Brasil não.
Negócios com a China - Tang lembrou que apesar de a China receber US$ 680 bilhões em investimentos diretos, são poucas as empresas brasileiras que mantêm negócios com os chineses. "Elas ainda não despertaram para essa oportunidade de negócios com a China", disse. Por isso, os chineses associam café à Colômbia e consomem o suíço Nescafé, de um país que não produz café; tomam suco de laranja de marcas européias de países que não produzem laranjas. "O valor agregado flui para esses países que compram matéria-prima no Brasil. E em razão da ausência brasileira que o comércio entre os dois países é intermediado por empresas estrangeiras", disse. Apesar disso, os produtos brasileiros podem ser competitivos na China. Uma forma é a produção pelas cooperativas que têm encargos trabalhistas menores. (Fonte: Site Terra)