Comércio sofre com a quebra da safra

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Na contramão do Brasil, o comércio varejista paranaense está há dois meses amargando perdas. Em maio, enquanto as vendas do comércio nacional cresceram 4,51% em relação a igual mês do ano passado, no Paraná houve queda de 4,68%, conforme mostra pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No país, o momento é de otimismo já que o comércio cresce há 18 meses consecutivos. No Paraná, por outro lado, dos cinco meses pesquisados em 2005, três foram de queda. O principal motivo apontado pelo economista do IBGE, Reinaldo Silva Pereira, para o fraco desempenho do varejo no estado foi a quebra da safra de verão, em conseqüência da estiagem, que acabou afetando a renda do trabalhador do campo e se refletindo nas vendas. Dos 27 estados pesquisados pelo IBGE, somente o Paraná e o Rio Grande do Sul, unidade da federação mais atingida pela última seca, tiveram queda nas vendas do comércio.

Setores - Os setores do comércio paranaense que apresentaram as maiores quedas em maio foram livros, jornais e revistas (-19,7%), vestuário e calçados (-16,2%), hipermercados e supermercados (-8,98%) e combustíveis e lubrificantes (8,34%). Registraram crescimento nas vendas equipamentos de informática (29,3%), móveis e eletrodomésticos (14,3%) e produtos farmacêuticos (7,8). Embora a produção de veículos esteja crescendo, no comércio varejista o quadro não é nada favorável. Em maio, a comercialização de automóveis caiu 6,19% no Paraná, e no acumulado dos primeiros cinco meses do ano a queda é de 0,42%. Na média brasileira, a venda de veículos cresceu 1,76%. (Gazeta do Povo).

Conteúdos Relacionados