Cohabivel é destaque em reportagem

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A Cohabivel, cooperativa habitacional de Cascavel, foi destaque em reportagem do jornal Gazeta do Povo de domingo que analisou o cooperativismo como alternativa para aquisição do imóvel próprio. “Ao contrário de São Paulo, onde já é tradição construir pelo sistema cooperativista, aqui há apenas um empreendimento sendo executado desta forma, em Cascavel. O economista Isaías Gonçalves Lopes, assessor do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), diz que há dois possíveis motivos para isso. Primeiro, o fato de que, por precisar de aportes mensais de capital dos cooperados, os empreendimentos ficam restritos à classe média, que no Paraná acaba encontrando outras formas de financiar a aquisição ou construção do imóvel. Segundo, os empreendimentos irregulares ocorridos no passado”, afirma a reportagem.

O exemplo da Cohabivel – Segundo a reportagem, o único projeto cooperativista do setor habitacional no Paraná está em Cascavel. A Cohabivel foi fundada em 1998 para a construção de duas torres de apartamentos na região central da cidade, cada uma com 52 unidades. Mas a história começou antes disso. Em 1992, um grupo de pequenos empresários do município se uniu para formar a Cooperativa dos Amigos de Cascavel (Coamig), projeto que concluiu no ano de 2000 a construção de 101 sobrados. A gente viu que não poderia parar no primeiro”, diz Ulice Scussiato, presidente da Cohabivel. Segundo ele, quando o projeto da Coamig começou, a maior dificuldade foi conseguir convencer as pessoas de que o sistema funciona. “Tanto que, dos 90 pretendentes iniciais, apenas 16 assinaram o termo para a compra do terreno. Foi preciso começar de novo um trabalho de convencimento”, lembra. Para a Cohabivel, o fato de já existir um empreendimento em curso ajudou. Agora, ele acredita que a credibilidade não é problema, até porque a primeira das duas torres já está em fase de acabamento. Mas a economia, sim. “As pessoas querem, mas a realidade está difícil, principalmente para a classe média”, analisa.

Cooperados - Isso não impediu o comunicador Osni Iori de entrar de cabeça no sistema. Quando a Coamig foi lançada, ele estava saindo de um casamento e não tinha mais casa própria. Acreditou no projeto e comprou duas cotas, tornando-se proprietário de dois sobrados. Gostou tanto que resolveu ser cooperado também da Cohabivel, dessa vez com uma cota. Ele aponta o custo menor como motivo para o entusiasmo. “A parcela é de 80% do CUB, o que dá R$ 670. Como a previsão é de 100 meses, eu vou pagar R$ 67 mil por um apartamento de 107 metros quadrados. É bem abaixo do que cobra o mercado”, diz. Marinheiro de primeira viagem, Sebastião Julio Coelho entrou atrasado no projeto da Cohabivel, mas não se arrepende. “Achei interessante o sistema porque o um grupo consegue comprar melhor, é como se fosse um consórcio”, diz. Casado e pai de três filhas, considera que esta é a oportunidade ideal para ter seu imóvel próprio. (Gazeta do Povo)

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