CÓDIGO FLORESTAL: Projeto de Micheletto deve ser votado no segundo semestre
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O Projeto de Lei de conversão da Medida Provisória 2.166-67, que altera o Código Florestal Brasileiro de 1965, deve ser votado no segundo semestre deste ano, possivelmente em agosto, segundo afirma o deputado federal Moacir Micheletto (PMDB), que é o relator. Ele esteve em Maringá no último sábado, na Câmara Municipal, falando para cerca de 300 produtores rurais e profissionais da área agronômica do Noroeste do Paraná. A Cocamar marcou presença com mais de 180 representantes de sua área de ação. A promoção foi do Sindicato Rural de Maringá, Associação dos Cartórios Registradores de Imóveis do Paraná e Cocamar. Micheletto acredita que há grandes possibilidades de que o projeto seja aprovado, mas tudo dependerá das discussões que estão sendo travadas com as lideranças no Congresso Nacional.
Posicionamento
dos parlamentares – Micheletto ressaltou a importância
dos produtores rurais, cooperativas e entidades ligadas ao agronegócio
se manifestem, cobrando de seus parlamentares um posicionamento. O deputado
vem promovendo audiências públicas por todo o Brasil para discutir
o assunto. Seu projeto, afirma, foi embasado em parâmetros técnicos
e científicos que viabilizam o desenvolvimento sustentável, permitem
um planejamento ordenado com atividades adequadas a cada região e disciplinam
a ocupação, preservando o meio ambiente. Com o zoneamento ecológico
e econômico serão definidas as potencialidades socioeconômicas
e ecológicas de cada região, suas fragilidades naturais, as tendências
de ocupação, as condições de vida da população,
as incompatibilidades em relação à legislação
ambiental e outras normas legais e as situações de conflito sócio-ambiental.
Zoneamento - “O Brasil tem vários biomas, como a Floresta
Amazônica, o Pantanal, a Caatinga e a Mata Atlântica, entre outros,
e precisa de uma política ambiental explícita para cada bioma.
O zoneamento econômico e ecológico, que é a base do projeto
que estamos relatando, é que determina como deve ser feita a preservação
e plantio de árvores nativas em cada região. Vários estados
já têm seus zoneamentos prontos e só não podem ser
viabilizados porque falta a aprovação de uma lei clara”,
afirmou. “Não sou contra a preservação ambiental.
Mas o assunto tem que ser discutido com responsabilidade, bom senso e seriedade,
embasado em dados técnicos e científicos, sem extremos, como tem
ocorrido”, defendeu o parlamentar, que vem recebendo críticas de
setores ambientalistas. Ele lembrou que, se for obedecer a MP em vigor, o palácio
do governo em Brasília teria que ser destruído porque foi feito
às margens de um lago.