CÓDIGO FLORESTAL: PEDIDO DE VISTAS ADIA VOTAÇÃO PARA HOJE

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A intervenção do líder do Governo no Congresso, Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), no final da tarde de ontem (4), fez com que a Comissão Mista encarregada de analisar a Medida Provisória 2.166-67 não realizasse a votação do Projeto de Conversão do relator, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). O adiamento provocou protestos de deputados e senadores que pretendiam reduzir as áreas de reserva legal nas propriedades particulares e condicionar os desmatamentos à realização de zoneamentos ecológico-econômicos nos Estados. Diante do impasse, o presidente da Comissão, senador Jonas Pinheiro (PFL-MT), acatou pedido de vistas coletivo por 24 horas, marcando nova tentativa de votação do relatório para hoje (5), às 14 horas, na sala 3 da Ala Alexandre Costa, do Senado.

Críticas - Os deputados que pertencem à Comissão Mista reagiram a essas críticas, classificando-as de descabidas. O próprio relator Moacir Micheletto fez um desabafo: dizendo que tem a consciência tranqüila e que percorreu o Brasil para colher sugestões há três anos, sem que, durante esse período, tenha recebido qualquer colaboração do governo. Micheletto considerou ainda as observações de Arthur Virgílio fracas e atacou o governo brasileiro, dizendo que ele não pode curvar-se às pressões internacionais. O deputado Micheletto também conclamou o Congresso Nacional a ter uma atitude soberana na votação da matéria, ao afirmar que o plenário "não pode rastejar nem lamber as botas de interesses estrangeiros". O deputado Roberto Balestra (PPB-GO) também defendeu o relator da medida provisória, dizendo que a atitude do governo é um desrespeito não só ao parlamentar, mas, também ao parlamento brasileiro. Segundo Balestra, é "uma vergonha, expor o deputado dessa maneira", opinando que teria sido melhor a reunião não ter sido realizada, para não expor o deputados desta comissão a um vexame.

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