COCEAL: Plantio de algodão colorido será novidade em congresso brasileiro

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O plantio de algodão colorido e a técnica do algodão adensado deverão dominar as discussões previstas para o VII Congresso Brasileiro do Algodão, que será realizado entre os dias 15 a 18 de setembro de 2009 em Foz do Iguaçu. O presidente do Congresso e da Cooperativa Central de Algodão (Coceal), Almir Montecelli, disse que o evento será uma oportunidade para os produtores encontrarem as tecnologias necessárias para uma produção rentável. Montecelli esteve com o secretário da Agricultura, Valter Bianchini, na quarta-feira (12/11), ocasião em que pediu o apoio do governo do Estado para a realização do evento. Destacou que para o Paraná será importante sediar esse congresso uma vez que a cultura poderá ressurgir no Estado com uma nova modelagem de plantio. Bianchini defendeu a exploração de nichos de mercado como a produção de algodão orgânico e um comércio justo.

Produção no Paraná - O Paraná já foi um grande produtor de algodão, com uma área plantada superior a 700 mil hectares na safra 91/92. Um ano antes, na safra 990/91, o Estado produziu 1,024 milhão de toneladas do produto, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.  Atualmente, o Paraná é um importador de algodão e as lavouras existentes não ocupam mais que 6.000 hectares, o que é insuficiente para atender a indústria instalada no Estado, explicou Montecelli. O declínio ocorreu nos últimos 15 anos com a infestação de pragas e doenças que provocaram a queda na rentabilidade aos produtores.

Retomada - Segundo Montecelli, o Paraná poderá voltar a ser um grande produtor de algodão. Para isso, será necessário convencer o agricultor que a cultura é viável para todos os tipos de produtores, desde a pequena até a grande propriedade. "O que falta é adotar novas tecnologias", destacou. Outro elo que será envolvido nessa discussão será a indústria que passará a ter o produto disponível no Estado. Ele acredita que o Estado poderá voltar a plantar em torno de 40 mil hectares de algodão. Entre os desafios a serem superados e que serão debatidos no Congresso estão a logística para exportação, elevação dos custos de produção, aumento das exportações para a China e ainda o uso da agricultura de precisão. 

Temas - As mesas-redondas que serão realizadas vão debater temas como a cultura do algodão no sistema de integração lavoura-pecuária, industrialização do caroço nas fazendas, presente e futuro do bicudo, praga que ataca o algodoeiro no Brasil, estratégias para os produtores de algodão, contribuição com a redução do aquecimento global entre outros assuntos. De acordo com Montecelli, o Congresso Brasileiro do Algodão é o melhor congresso do agronegócio com mais de 100 palestras previstas, mesas redondas e mini cursos. O tema geral abordado será a Sustentabilidade da Produção de Algodão e a Expansão dos Mercados. Está prevista a participação de técnicos da Argentina, Paraguai, Estados Unidos e de países da Europa. (AEN)

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