COAMO: Seminário de Meio Ambiente reúne lideranças em Campo Mourão

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Ambientalistas, prefeitos e lideranças regionais participaram nesta quarta-feira (3/06), em Campo Mourão, de um seminário sobre o Código Florestal Brasileiro, promovido pela Comcam - Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão. O evento, que faz parte das comemorações da semana do meio ambiente, foi realizado no teatro municipal e entre outras autoridades e convidados, contou com a presença do  Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues e o presidente da Coamo e vice-presidente do Sistema Ocepar, José Aroldo Gallassini, além de prefeitos e lideranças regionais. O gerente Técnico e Econômico da Ocepar, Flavio Turra, participou do evento representando o sistema cooperativista, oportunidade em que apresentou às centenas de pessoas presentes no teatro Municipal as propostas defendidas pelos cooperativistas paranaenses para o aperfeiçoamento da nova legislação ambiental.

Responsabilidade - Turra lembra que o código que foi reformulado pela última vez em 1975 e está totalmente ultrapassado. "Na época, tínhamos 40% da população morando na cidade, hoje esse número é de 82%. Por isso, o princípio das nossas propostas está baseado no sentido de que nós queremos compartilhar com a sociedades essa responsabilidade de fazermos a recomposição e a preservação da reserva florestal." Segundo o gerente Técnico e Econômico da Ocepar, a proposta é que os produtores fiquem responsáveis pela preservação das Áreas de Preservação Permanente (APP), as conhecidas matas ciliares e que o restante da responsabilidade na preservação do meio ambiente seja dividido com a sociedade, a população das cidades. "Na nossa proposta aquilo que o produtor já está utilizando ele vai poder continuar preservando, mas se ele tiver outras áreas já determinadas fazendo parte dos 20% de preservação total, que englobaria a reserva legal e mata ciliar, ele vai poder receber por serviços prestados. Então na prática ele teria uma receita por conta desses 20% que ele tem na propriedade além da APP", diz Turra.

Produtores - Para o presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Galassini, é urgente que seja alterado e aperfeiçoado o Código Florestal Brasileiro. Ele defendeu a preservação ambiental, mas alertou que os produtores não concordam com o total da área de 20% com relação a reserva legal. "O produtor está perdendo muita área e ainda gastando com replantio", frisou. Para Gallassini, é necessário melhorar o meio ambiente e cada um tem que fazer a sua parte. "O código florestal de 1965 está desatualizado. A lei não foi cumprida na época e agora tem que mudar alguns pontos. Os agricultores cooperados da Coamo defendem a existência da Mata Ciliar, mas ninguém concorda com os 20% da reserva legal. O produtor está perdendo 20% da sua renda".

Produção de alimentos - A realização do seminário foi solicitado pela prefeita de Farol, Dina Cardoso. Ela defende que a análise do Código Florestal seja feita juntamente com um mutirão pelos estados e municípios em favor da preservação. "Se não preservarmos as fontes de água e margens dos rios teremos problemas sérios no futuro. A produção de alimentos depende muito do que se fizer em favor do meio ambiente. Temos sim que mudar o Código Florestal para garantir a preservação e o direito dos agricultores de produzir." Para Dina Cardoso, a discussão deve ser ampliada, sobretudo quando se trata da questão do pequeno agricultor. "Portanto, devemos encontrar alternativas que dê ao produtor rural uma chance de ser recompensado, reconhecido pelos serviços ambientais que faz", destaca. (Imprensa Coamo)

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