Coamo, maior exportadora do quadrimestre do PR e a 23a do Brasil

De janeiro a abril a cooperativa Coamo, de Campo Mourão, foi a maior exportadora paranaense, participando com 6,31% do total das exportações, de US$ 2,4 bilhões. Nesse período a cooperativa vendeu US$ 152,08 milhões ao exterior, superando inclusive a Volkswagen, que vendeu US$ 138,7 milhões. O Paraná apresentou, no primeiro quadrimestre deste ano, um crescimento de 20% nas exportações em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto que a Coamo apresentou um crescimento de 84,06 %. Essa informação é do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. Entre as 40 maiores exportadoras, que respondem por 33,27% do total, estão também as cooperativas Lar, C.Vale, Coopavel e Copacol. Ainda segundo a Secex, a Coamo é a 23a maior exportadora brasileira do primeiro quadrimestre. O quadro seguinte mostra a posição das exportadoras e o saldo sobre as importações.

* (Menos de US$ 4 milhões).

** (Valor aproximado por não haver informação sobre o montante exato das importações).

Importância do agronegócio – A tabela acima deixa claro, ainda, que o agronegócio é o grande gerador de divisas para o Brasil, uma vez que as empresas do setor são pouco importadoras. Uma comparação entre a Coamo e a Volkswagen (PR) mostra que, em termos de exportação, a diferença é de apenas US$ 13,3 milhões a favor da cooperativa. No entanto, após deduzidas as importações das duas empresas o saldo a favor da Coamo é de US$ 106,3 milhões. Concluindo, pode-se afirmar que, embora a presença de uma montadora seja importante em termos econômicos e para a geração de empregos, o agronegócio é muito mais eficiente como agregador de renda interna, além produzir mais postos de trabalho e dinamizar a economia. É mais eficiente também porque sofre menos influência da conjuntura econômica interna, à qual o setor automobilístico é muito sensível. A tabela acima deixa bem clara essa situação, onde a Renault, apesar de ter exportado US$ 59 milhões, ainda apresenta um saldo negativo de R$ 211 mil nos primeiros quatro meses do ano.

Maior resultado e benefícios – O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, afirmou que os números “são fantásticos e demonstram que o cooperativismo tem um potencial enorme em participar cada vez mais do mercado externo”. Disse ainda que o sistema está organizando um pool de cooperativas com objetivo de aumentar a participação do mercado externo, “com objetivo de trazer mais benefícios aos associados”. Segundo Koslovski, o sistema Ocepar vem realizando treinamento de executivos das cooperativas, preparando-os para posicionarem melhor suas empresas cooperativas no mercado externo.

Meta da cooperativa é exportar 600 milhões de dólares – O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, afirmou nesta tarde que o aumento no volume de grãos e farelo exportados e a melhoria nos preços internacionais contribuíram para alcançar essa posição. Os principais produtos exportados pela cooperativa foram soja em grão, farelo e óleo de soja, algodão em pluma, fios de algodão e milho. “Nossa meta é chegar ao final deste ano a um volume aproximado de US$ 600 milhões, contra US$ 350 milhões no ano passado”, frisou Gallassini. “Para nós é uma satisfação grande sermos a primeira exportadora do Paraná e a 23ª do Brasil. Isso é bom, abre o mercado e valoriza o cooperativismo, firmando novas posições”, afirmou o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. No encerramento do ano passado a cooperativa ocupou o 33º lugar entre as exportadora brasileiras, ganhando dez posições nos quatro primeiros meses deste ano. Essa posição poderá ser alterada até o final do ano em função do desempenho de outros setores da economia.