China vai estimular compra de algodão

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A China, a maior produtora e consumidora de algodão do mundo, dobrará o montante dos empréstimos aos fabricantes para estimular as compras do produto, pois prevê o crescimento recorde da colheita de 32%, este ano, o que provocará a queda dos preços e das receitas dos produtores. O Banco de Desenvolvimento Agrícola, instituição estatal de fomento ao setor, oferecerá 20 bilhões de iuans (US$ 2,4 bilhões) este ano, segundo Martin Liu, analista do setor algodoeiro da Beijing Orient Agribusiness Consultant, empresa afiliada ao Ministério da Agricultura. "Decidimos elevar os empréstimos por causa do aumento da colheita deste ano e do temor do declínio dos preços, o que afetaria consideravelmente as receitas dos produtores", disse Liu. Este ano, o algodão é a mercadoria que apresentou o pior desempenho quanto a preços, com queda de 41%, segundo dados da Bloomberg.

Prioridade - O premiê chinês Wen Jiabao colocou a recuperação das rendas na área rural como uma de suas maiores prioridades, visando garantir a estabilidade social. Cerca de 800 milhões de pessoas, em uma população de 1,3 bilhão de habitantes na China, dependem da agricultura para sobreviver, e o governo quer garantir que a população rural não fique à margem da expansão econômica do país, que nos dois últimos anos superou a taxa de 9%.

Colheita - Os camponeses chineses poderão colher 6,42 milhões de toneladas de algodão este ano, graças à melhoria do clima e do aumento do plantio que favoreceram o aumento da safra, informou o Departamento Nacional de Estatística no mês passado. Esta será a maior colheita desde que o departamento começou a divulgar os dados em 1978. Os contratos de algodão para março foram negociados ontem a 43,02 centavos de dólar por libra-peso em Nova York, em comparação com 75,07 centavos de dólar por libra-peso no dia 31 de dezembro do ano passado. Os contratos para janeiro caíram 55 iuans (US$ 6,63) a tonelada para 12.325 iuans (US$ 1.486,18) na Bolsa de Mercadorias de Zhengzhou. O contrato perdeu 19% desde que a bolsa começou a negociar os futuros de algodão, no dia 1º de junho.(Gazeta Mercantil)

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