China quer parceria com o Brasil
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Crescimento da demanda por alimentos vai abrir espaço para importação e o Brasil poderá ocupar boa parte desse mercado Aumentar a comercialização de produtos agrícolas chineses com outros países, incluindo o Brasil entre os principais parceiros para negociações bilaterais no setor. Esta é a política externa da China apresentada pelo vice-presidente da Câmara Chinesa de Importadores de Alimentos, Produtos Agrícolas e Animais, Yang Shengjun, em palestra realizada para 80 dos maiores produtores do Brasil no 1 º Agri Forum, realizado na Ilha de Comandatuba (BA).
Agronegócio chinês - Na palestra, Shengjun apresentou números promissores da atual situação do agronegócio chinês e os negócios com o Brasil. País mais populoso do mundo, com cerca de 1,2 bilhão de habitantes, a China tem apresentado crescimento impressionante no setor. Apesar da queda na produção, o aumento da produtividade proporcionou crescimento do agronegócio da ordem de 2,5% entre 2002 e 2003. De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), o valor total de comércio exterior da China é o quarto maior do mundo.
Exportações chinesas - Yang cobrou uma maior participação do Brasil no recebimento das exportações chinesas. Em 2003, a China exportou US$ 27,29 milhões em produtos agrícolas para o Brasil, redução de 10,95% em relação ao ano anterior. Já a importação foi de US$ 2,14 bilhões, apesar do índice ser bem menor, houve crescimento de 84,74% no mesmo período. O principal produto é a soja, já que a China é o maior comprador do produto brasileiro. Atualmente, o país do Oriente é o quarto maior importador mundial de produtos agrícolas. ''Ambas as partes podem achar um caminho efetivo de promover o desenvolvimento do comércio e evitar que a contenda sobre um ou dois produtos atrapalhe o entendimento geral'', destaca.
Paraná
- Tang também comentou a iniciativa do governo estadual de declarar o
Paraná como área livre de transgênicos. Para Tang, a medida
pode ser benéfica porque alguns mercados preferem o produto orgânico,
mas que não faz diferença em relação ao comércio
com a China. ''Não há muita consciência sobre este assunto
na China. O País deve comprar a soja brasileira, independente de ser
transgênica ou não'', destaca.(Folha Londrina)