Cenário econômico é tema de palestra de consultor da FGV

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O modelo econômico adotado atualmente no país pode comprometer o modelo político. Essa é a opinião do consultor e economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Lopes, que participou da IV Reunião de Núcleos das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em São Pedro/SP. O encontro, reunindo dirigentes e técnicos das Unidades Estaduais, começou ontem (16/06) e prossegue até o meio-dia desta quarta-feira. Para o economista da FGV, os últimos indicadores de desempenho industrial mostram que o cenário é insatisfatório. “A indústria de uma forma geral teve um crescimento negativo de 4,3% em abril”, informa Lopes. Segundo ele, as perspectivas são difíceis para o país em longo prazo, sobretudo se o governo não mudar sua política monetária, promovendo uma queda na taxa de juros. “O Copom (Comitê de Política Monetária) deve reduzir a taxa de juros para ativar a economia, que está estagnada”, afirma.

Risco país - Com relação à taxa de câmbio, Lopes acredita que o cenário atual de reservas cambiais e de investimentos externos no país permite prever uma cotação entre R$ 3,10 e R$ 3,20 no final do ano. Na sua opinião, o Real somente terá maior desvalorização se o país enfrentar dificuldades de rolagem da dívida e de financiamentos externos; se encontrar problemas de colocação dos títulos no exterior; se o Risco País aumentar; se diminuir o apetite de risco por parte dos investidores estrangeiros ou se houver uma alta de juros nos Estados Unidos.

Superação - O economista avalia, no entanto, que as cooperativas podem superar esses problemas conjunturais e apresentar crescimento. Para que isso ocorra, Lopes diz que as cooperativas precisam resolver o problema da disponibilidade de crédito; que não haja mudanças significativas nos preços dos produtos agrícolas nos mercados internacionais; que haja investimentos maciços em infra-estrutura e também na área de capacitação e educação.

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