CCLPL e Agromilk controlam a Batávia
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A juíza Denise Comel, da comarca de Castro, concedeu aos acionistas minoritários da Batávia o direito de retomarem o controle da empresa, para evitar prejuízos decorrentes da crise vivida pela sócia Parmalat do Brasil. Até o começo da tarde desta segunda-feira a Parmalat, que tem 51% das ações da Batávia, não havia sido notificada da decisão, enquanto os comentários davam conta que a empresa de capital italiano iria recorrer da decisão. O advogado das cooperativas, Marcelo Bertoldi, que ficou encarregado de falar à imprensa sobre o assunto, passou a maior parte do dia de ontem em reuniões para cuidar do assunto.
Medida drástica - Na sentença que afasta a sócia majoritária, a juíza afirma que, "embora drástica", a medida é a única "maneira de preservar a Batávia dos sérios e irremediáveis prejuízos que se prenunciam, e que, certamente, alcançariam inúmeros cooperados, causando, seguramente, verdadeira comoção social na Comarca, haja vista o porte de referida empresa, sua reconhecida idoneidade e importância econômica e social na região dos Campos Gerais". As cooperativas Capal (de Arapoti), Castrolanda (de Castro), Batavo (de Carambeí), que integram a CCLPL, mais o grupo de cooperativas catarinenses que integram a Agromilk, detém 49% das ações da Batávia e entregam entre 400 mil a 500 mil litros de leite por dia. A tomada do controle da Batávia é uma forma de tranqüilizar os produtores de leite, que querem ter certeza que receberão o pagamento pelo produto entregue.
Recursos
para comprar - Embora seja cedo para a tomada de decisão a respeito
da compra das ações da participação da Parmalat
na Batávia, executivos ligados às cooperativas estão se
mobilizando para garantir os recursos necessários ao financiamento. Matérias
dos jornais de circulação nacional veiculadas neste final de semana
demonstraram que o governo prefere financiar os produtores ou compradores dos
ativos da cooperativa do que dar novos recursos para a Parmalat se reerguer.
As notícias indicavam que cresce na própria Parmalat a consciência
de que a solução mais viável, agora, é vender os
ativos. Quanto à Batavia, o seu provável valor de mercado não
foi divulgado.