CARNES: Micheletto defende plano de emergência

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Nos debates promovidos pela Comissão de Agricultura da Câmara Federal, na tarde desta terça-feira (24/03), sobre a crise vivida pela cadeia produtiva da carne, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) foi um dos mais duros parlamentares nas críticas ao governo federal pela falta de financiamento ao setor. "Se o BNDES empresta dinheiro para as grandes empresas e até financia projetos fora do país, por que não libera recursos para socorrer um setor que gera tanto emprego, como é o caso dos frigoríficos e dos pecuaristas?", indagou.

Plano de emergência - Micheletto, que é coordenador político da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), sugeriu a criação de um Plano de Emergência integrado pelos Ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura, com metas de curto, médio e longo prazos para salvar a cadeia produtiva da bovinocultura, da suinocultura, do leite e do frango, todas elas passando por sérias dificuldades. Ele informou que tem segmento do agronegócio brasileiro que já está na UTI, acrescentando que crise econômica se resolve com mais crédito e mais dinheiro para capital de giro.

 

BNDES - "Não dá para entender o motivo que levou o BNDES a socorrer com R$ 4 bilhões para as montadoras segurarem de cinco a seis mil empregos enquanto apenas duas cooperativas do Paraná empregam cerca dez mil trabalhadores, e esse banco não libera R$ 1,3 bilhão para recuperar as nossas cooperativas, essa é a nossa indignação pela desatenção com o cooperativismo brasileiro", protestou o deputado.  Micheletto criticou a ausência na reunião de representantes do BNDES e das entidades ligadas à cadeia produtiva da carne.

 

Melhor momento - Na audiência pública, o secretário-adjunto de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Ruttely Marques da Silva, informou que o governo analisa o melhor momento para adotar um conjunto de medidas para indústrias frigoríficas superar a crise de liquidez provocada pela redução na demanda externa e amenizar as dificuldades de financiamento das exportações. Entre as medidas estão uma linha de crédito para capital de giro, a postergação do recolhimento de impostos e a devolução de crédito tributário acumulado pelos frigoríficos.

 

Agricultura - Ausente na primeira parte da audiência de três horas, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse aos deputados que "o governo está disposto a tomar medidas gerais, e não beneficiar A, B, C ou D". Os deputados Waldemir Moka (PMDB-MS) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) defenderam a criação de um grupo parlamentar para acompanhar a atual situação do setor, dialogar com os lados envolvidos e achar um diagnóstico da crise para proporcionar à Comissão de Agricultura caminhos na busca de soluções. (Assessoria de Imprensa )

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