CARNES II: Suinocultura prepara reação por melhor preço

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A pós sete meses vendendo abaixo do custo, suinocultores do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina reúnem-se nesta terça-feira (3/06), em Curitiba (PR). Líder nacional na produção de suínos, a região Sul ameaça mobilizações por medidas que amenizem a situação. Na segunda-feira, em Seara (SC), houve protestos pela suposta queda de consumo no mercado interno com a indevida associação feita entre a carne suína e a gripe A.

Preço - No Estado, o preço do quilo oscila entre R$ 1,65 e R$ 1,80 contra um custo que chega a R$ 2,20. Integrados que trabalham com ciclo completo e independentes são os mais afetados, pois arcam com o custo dos leitões e da alimentação dos animais. Segundo o presidente da Acsurs, Valdecir Folador, muitos começam a ter a estrutura de produção comprometida. O dirigente questiona os atuais preços, já que as exportações subiram em relação ao ano passado e o valor ao consumidor continua o mesmo no mercado interno. Somente no primeiro trimestre, o valor pago aos integrados caiu 24,67%.

Afetados - O secretário executivo do Sips, Rogério Kerber, explica que as empresas são tão afetadas quanto os criadores pois estão vendendo com preço inferior ao custo. Além disso, 90% dos animais abatidos vêm de terminadores contratados que recebem insumos como leitões e ração.

Exportações - As exportações cresceram 18,11% entre janeiro e abril em comparação ao mesmo período de 2008. Contudo, Kerber explica que o valor médio embarcado caiu de 2,68 mil dólares para 1,93 mil dólares a tonelada. E cita dois agravantes: prejuízos com a vinculação errônea da gripe A com a suinocultura e, agora, a queda do dólar. (Correio do Povo)

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