CARNES: Dividida, UE adia mais uma vez decisão sobre alimentos brasileiros

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Um racha na União Européia (UE) levou o bloco a adiar ontem (18/09) pela segunda vez a decisão sobre como vai tratar os produtos agropecuários brasileiros, cujo controle sanitário tem sido alvo de críticas de europeus. Pela falta de acordo entre os 25 países-membros do bloco, o Comitê Permanente Veterinário da UE adiou para, eventualmente, na sexta-feira  (22/09) medidas envolvendo carne bovina e frutas.  A Irlanda, que quer vender mais carne bovina dentro da UE, mantém a pressão pelo bloqueio de toda a carne brasileira. O ministério irlandês da agricultura avalia que a carne importada do Brasil não segue os padrões exigidos pelas leis européias. Alega ainda que seus próprios produtores vivem sob ameaça de sanções, e não há por que um importador receber tratamento diferente.

Proposta - No dia 11 deste mês, a National Beef Association (NBA), que reúne pecuaristas britânicos, também lançou desconfianças sobre o Brasil. A associação enviou documento à Comissão Européia em que questiona por que "seu departamento de saúde animal [da UE] está mais preparado para ser mais leniente em relação à carne bovina vinda do Brasil em comparação com o produto de outros países". Também pediu garantias detalhadas e específicas sobre a rastreabilidade do gado, controle da aftosa e revelou ainda preocupação com o bem-estar animal antes do abate. A NBA questionou ainda se a Comissão Européia tem certeza de que o Brasil não exporta carne de animais do Paraguai como se fosse produto brasileiro. A proposta da Comissão Européia submetida aos países-membros era manter o embargo à carne do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo por causa da aftosa, além de outras exigências para mel, ovos e análises para 100% das exportações de pescado. A proposta foi considerada uma vitória pela diplomacia brasileira, pois não ampliava o embargo. O Ministério da Agricultura brasileiro informou não ter recebido nenhum comunicado oficial da UE sobre a necessidade de ajustes.(Valor Econômico)

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