CARNE SUÍNA: Ministros do Brasil e Argentina assinam acordo para cota de importação

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Os ministros da Agricultura da Argentina, Norberto Yauhar, e do Brasil, Mendes Ribeiro, anunciaram na sexta-feira (16/03) um acordo preliminar para o estabelecimento de cotas para a importação argentina de carne suína do Brasil. O acordo terá um funcionamento análogo às cotas estabelecidas pelo Brasil para a importação de lácteos e derivados da Argentina, há alguns anos, sendo operacionalizado pelos setores privados dos dois países.


Ritmo crescente - As exportações brasileiras para a Argentina estão em ritmo crescente desde 2008. Naquele ano, foram vendidas 25 mil toneladas de carne suína. No ano passado, as vendas atingiram 42 mil toneladas, o que situa a Argentina como o quarto maior mercado brasileiro, depois de Rússia, Ucrânia e Hong Kong.


Divisas - As vendas renderam US$ 129,9 milhões em divisas. Mas em fevereiro deste ano, entraram na Argentina apenas 478 toneladas, ante 3,1 mil toneladas no ano passado. O gargalo aconteceu depois da exigência de uma declaração jurada aos importadores, que em termos práticos, estendeu o regime de licença não automática para todas as vendas e travou o comércio exterior argentino em vários setores.


Redução - O acordo implicará uma redução nas vendas mensais em relação a média dos últimos anos, que os ministros não especificaram. Mas uma proposta recente dos importadores argentinos ao secretário de Comércio Interior do País, Guillermo Moreno, de reduzir em 20% em relação á média dos últimos quatro anos, sequer foi respondida.


Regulador de preços - Ao conversar com jornalistas, Yauhar disse que um fator para que a Argentina favoreça a retomada de importações é o possível uso das importações como um regulador de preços. De acordo com o ministro argentino, houve aumento de preços da carne suína desde o fim da entrada do produto brasileiro. Em 2011, de acordo com dados do ministerio argentino da Indústria, a produção argentina de carne suína ficou em 320 mil toneladas, o que significa que as importações do Brasil no ano passado corresponderam a 12% da produção local. (Valor Econômico)

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