Carne bovina Exportadores e atacadistas comemoram ganhos, mas produtor reclama
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Enquanto a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemora o faturamento obtido com as exportações de carne bovina (in natura e industrializada), que atingiu US$ 224,748 milhões em julho passado, representando um aumento de 84,28% em relação ao mesmo período de 2003, os criadores nacionais de gado amargam, neste mesmo período, uma alta de preços infinitamente menor, que não ultrapassa a casa de um dígito e atinge apenas 5,56% na praça de São Paulo, com a arroba saindo de uma média de US$ 19,42, anotada em julho de 2003, para US$ 20,50 em julho deste ano. Em real este incremento ficou em 11%, com a média de R$ 55,93 do ano passado saltando para R$ 62,10 este ano. Vale destacar que os preços atuais são de gado rastreado, enquanto nas cotações do ano passado esta categoria não era computada, o que deprime ainda mais a valorização do período.
Comparativo - Algumas outras comparações também merecem destaques. Dados apresentados pela Abiec indicam que os preços internacionais da carne bovina in natura subiram 16,45% entre julho do ano passado e deste, passando de US$ 1.893,12/tonelada (julho/03) para US$ 2.204,45/tonelada (julho/04). Já a cotação da carne industrializada atingiu no último mês US$ 2.273, 71/tonelada no mercado internacional, valor que representa uma valorização de 11,13% frente aos preços praticados em julho de 2003, de US$ 2.045,97/tonelada. Já ao analisarmos apenas o mês de julho passado, a arroba do boi rastreado em São Paulo anotou inexpressiva valorização de apenas 1,61%, saindo de R$ 62,00 para R$ 63,00. Já no atacado paulista os preços apresentaram uma alta significativa de 12,82% no mesmo período, com a cotação média da peça trabalhando no patamar de R$ 4,15/kg ou US$ 1,36/kg. (Rural Business)