Campanha imuniza quase 100% do rebanho paranaense
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A Campanha Paraná: 10 anos sem Febre Aftosa, coordenada pela Secretaria da Agricultura, terminou nesta sexta-feira (20) em todo o Estado com a realização do último Fórum Regional do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), no Canal da Música, em Curitiba. Segundo cálculos parciais da Secretaria, mais de 90 por cento dos animais foram vacinados, com comprovação. Os números finais da imunização dos mais de dez milhões de cabeças de gado serão confirmados até o dia 30 de maio, quando termina o prazo para que os produtores apresentem a documentação de confirmação da vacinação. Mas a expectativa do Governo é que sejam imunizados 100% do rebanho paranaense.
Conquista - O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, disse na solenidade que a conquista de dez anos sem focos da doença no Paraná é fruto da conscientização da classe produtora, do avanço tecnológico na produção de melhores vacinas e do trabalho intenso dos técnicos que nesses anos vêm se dedicando aos cuidados sanitários tanto animal quanto vegetal. Segundo Pessuti, a ausência de febre aftosa permitiu que, em maio de 2000, o Paraná fosse internacionalmente reconhecido pela OIE (Organização Internacional de Epizootias - Saúde Animal) como área livre de aftosa, com vacinação. “É importante relembrarmos essa luta para valorizarmos o período atual e, principalmente, refletirmos sobre a importância de não sermos novamente acometidos pela doença”, destacou Pessuti.
Ocepar – Representando a Ocepar, o superintendente adjunto, Nelson Costa, ao fazer uso da palavra, durante a solenidade, fez questão de ressaltar que os avanços conquistados nesta última década no Paraná foram inúmeros e que muito se deve ao esforço realizado entre as entidades da iniciativa privada e governo. “Em 10 anos sem febre aftosa os avanços foram muitos, por exemplo: evolução no abate de animais, suínos, 76% e bovinos, 84%, sem falar na geração de 465 mil postos de trabalho. Além é claro de aumento nas exportações do setor, onde, somente em 2004 foram US$ 827,4 milhões e com previsão para este ano em US$ 1 bilhão”, disse. Nelson também lembrou que para a manutenção desta conquista é necessário ainda vencer alguns desafios, como organizar a cadeia produtiva de bovinos, nos mesmos moldes de aves e suínos; incentivo à pesquisa para produção de bovinos com qualidade para a indústria e o mercado externo; aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade e treinar o pessoal envolvido em ações de defesa sanitária (investir recursos).