Café paranaense é de excelente qualidade

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A ruptura do tradicional conceito do Paraná, de ser produtor de volume de café para uma nova imagem de cafeicultura qualificada, aconteceu esta semana em Londrina, no julgamento final do Concurso Café Qualidade Paraná 2004. Seis juízes degustadores, inclusive um de renome internacional, escolheram nos dias 21 e 22, dentre as 79 amostras indicadas em julgamentos ocorridos em seis regiões, as dez classificadas na categoria café cereja descascado tendo a vencedora obtido a nota máxima de 92 pontos na escala de 0 a 100 da Associação Brasileira de Cafés Especiais.

Café paranaense - Das dez amostras classificadas na categoria café natural, a vencedora obteve 88 pontos. Esta classificação inclui o produto paranaense nos cafés denominados de gourmet, coroando de êxito o trabalho pioneiro desenvolvido pela pesquisa agronômica do Iapar, da assistência técnica da Emater e de cooperativas agropecuárias, das parcerias do Decaf/Mapa, Seab/Deral e prefeituras desde a implantação do Plano de Revitalização para a Cafeicultura do Paraná.

Produção - O padrão tecnológico do café em sistema adensado adotado em 1 hectare de cada uma das 700 propriedades de agricultura familiar, no ano de 1990, permitiu a evolução dessa nova cafeicultura paranaense. A produção da safra atual de 2,4 milhões de sacas em apenas 135 mil hectares está possibilitando o aprimoramento profissional de 16,5 mil cafeicultores na qualificação da produção. As lavouras instaladas com variedades geradas pela pesquisa tiveram garantia de resistência à ferrugem, melhor adaptabilidade às variações climáticas e proporcionaram significativo aumento da produtividade, saindo das tradicionais médias de 14 sacas em coco por hectare das lavouras em sistema de quadra para alcançar médias superiores a 60 sacas beneficiadas por hectare.

Colheita - A evolução também ocorreu nos procedimentos de colheita, com colheita seletiva dos grãos maduros no ponto cereja derriçados no pano e também no processamento de pós-colheita, com uso de lavadores-separadores, descascadores até a seca natural em terreiros. Segundo o engenheiro agrônomo Edison José Trento, implementador estadual do Projeto Café da Emater, desde o início do concurso lançado em abril, foram treinados pela extensão rural oficial, prefeituras, cooperativas e Senar/Faep, com apoio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e recursos do Programa Paraná 12 Meses, mais de 6 mil agricultores familiares. “Por ter sido a primeira edição, o concurso obteve êxito de participação de 435 amostras inscritas de 52 municípios de 8 regiões cafeeiras”, afirma Trento. A Comissão Organizadora informa que a divulgação nominal dos classificados e a respectiva solenidade de premiação será na segunda quinzena de novembro, em Curitiba. (Emater Paraná)

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