BUNGE COMPRA A CEREOL

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A Bunge Limited, controladora da Bunge Brasil (Alimentos e Fertilizantes) divulgou ontem que suas vendas líquidas alcançaram no segundo trimestre US$ 3,1 bilhões, 15% mais que em igual período de 2001, com o lucro líquido alcançando US$ 50 milhões, 117% superior ao do segundo trimestre de 2001 e praticamente o dobro do previsto pela empresa em abril para o período. A Bunge também divulgou a assinatura de um acordo definitivo de compra da francesa Cereol, controlada pelo grupo italiano Edison. A aquisição, se aprovada pelos órgãos reguladores de EUA e UE, se dará em duas etapas, onde a Bunge pagará 449,2 milhões de euros "in cash" por 55% do capital da companhia e fará uma oferta de compra das demais ações da Cereol que atualmente estão no mercado. No total, a companhia prevê desembolsar 821,4 milhões de euros, além de assumir as dívidas da empresa européia, inferiores a 750 milhões de euros, segundo a Bunge.

Ganho de escala - Com a operação, que deve ser fechada até o início de 2003, a Bunge eleva sua capacidade de processamento de soja para quase 34 milhões de toneladas anuais, à frente das atuais líderes mundiais, Cargill e ADM. Também amplia sua presença no mercado europeu, onde hoje atua de maneira tímida. Os ganhos de sinergia esperados com a compra, como maior eficiência em logística e economia em pesquisa e vendas, devem ficar entre 20 milhões de euros e 25 milhões de euros no primeiro ano de operações conjuntas. Mas a previsão é de que este valor chegue a 50 milhões de euros no terceiro ano. O presidente executivo da Bunge, Alberto Weisser, afirmou que a aquisição não representa mudanças no foco de investimentos da companhia, que hoje privilegia o Brasil. "A América do Sul é a região com maior potencial agrícola e a única em que investimos em novas unidades", diz o executivo, em referência às novas fábricas em Sorriso (MT) e Uruçuí (PI) e à expansão da unidade de Esteio (RS).

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