BRDE: Representantes do banco iniciam visita técnica às cooperativas do PR

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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) sempre foi parceiro de primeira hora das cooperativas do Paraná. A história do BRDE e do sistema cooperativo agrícola paranaense se confunde e, em vários momentos nos últimos 50 anos, se cruzam através de parcerias de sucesso.  Na década de 70, a instituição financeira de fomento foi responsável pelos grandes investimentos realizados pelas cooperativas, especialmente em armazenagem, e continua prestigiando e valorizando o trabalho do setor. Entre 2001 e 2009, por exemplo, grande parte dos R$ 6,6 bilhões investidos pelas cooperativas foram repassados por meio do BRDE, que é um banco que atua com uma visão de Estado, preocupado em promover o desenvolvimento não só do setor produtivo, mas de todo o Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

 

Visitas técnicas - A partir desta quarta-feira (24/08), diretores e gerentes do BRDE, acompanhados por representantes do setor agroindustrial paranaense, catarinense e gaúcho, iniciaram visitas técnicas às cooperativas do Paraná com o propósito de discutir os projetos desenvolvidos em parceria com o banco e os planos de expansão dos seus parques industriais. Os representantes do BRDE vão conhecer as agroindústrias mantidas pelas cooperativas nas áreas de carnes, grãos e fios. Somente nos últimos dez anos, o setor cooperativista paranaense investiu R$ 7,6 bilhões no processamento de matérias primas e agregação de valor aos produtos. No ano de 2010 foram realizados pelo banco 2.586 contratos com um repasse de R$ 846 milhões. Só o setor cooperativista recebeu R$ 423 milhões em 57 projetos. Já para o setor agrícola foram firmados 2.308 contratos com a liberação de R$ 180 milhões.

 

Roteiro - O roteiro começou na cidade de Mandaguari, onde o diretor-presidente Renato de Mello Vianna, o diretor administrativo José Hermeto Hoffmann, o diretor financeiro Jorge Gomes Rosa Filho e o diretor de acompanhamento e recuperação de créditos Nivaldo Assis Pagliari e os demais representantes do BRDE foram recebidos na Cocari pelo presidente Vilmar Sebold, que mostrou a todos o canteiro de obras do abatedouro de aves e a produção de fios de algodão.

 

Cocari - Fundada em 1962, a Cocari tem em sua área de ação mais de 20 municípios no Paraná e dois em Goiás, com aproximadamente cinco mil cooperados. Além da sede, a cooperativa possui o Centro Tecnológico Cocari (CTC); Unidade de Café; Unidade de Distribuição de Insumos, Máquinas e Peças Agrícolas; Unidade de Beneficiamento de Café; duas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBSs) no Paraná e uma em Goiás e 27 entrepostos, nos quais oferece toda linha de insumos necessários para a produção, sementes de alto grau tecnológico e assistência técnica com profissionais especializados. A cooperativa também atua no recebimento e comercialização de grãos e possui três indústrias, sendo: Fiação de Algodão I (Mandaguari), Fiação de Algodão II (Maringá) e Fábrica de Rações (Mandaguari).

 

Gestão profissional - Em sua exposição, Vilmar Sebold atribuiu o êxito da Cocari à gestão profissional com foco nos cooperados. “A Cocari é administrada como uma empresa, onde as condições de trabalho são dadas aos funcionários e os resultados são cobrados com rigidez. No tratamento com o cooperado, o paternalismo e o assistencialismo estão fora de questão”, relatou Sebold.

 

Lição - O diretor-presidente do BRDE enalteceu os bons resultados alcançados pela cooperativa de Mandaguari e lembrou da ligação estreita do banco com o sistema cooperativista. “O BRDE tem no sistema cooperativo um grande parceiro e nós saímos daqui com a lição de que o sucesso de qualquer empreendimento nasce da competência de uma gestão profissional”, disse Renato de Mello Vianna. 

 

 

Cocamar - Dando sequência à viagem, o grupo foi a Maringá para compromisso na Cocamar. O presidente Luís Lourenço preparou uma palestra sobre as linhas de atuação da cooperativa agroindustrial, sanou dúvidas e reforçou o discurso de que não se estabelece no setor quem abrir mão de uma gestão austera e profissional. “Crescemos sob os pilares do planejamento e da estratégia”, revelou Lourenço, que também apresentou as instalações industriais da entidade aos visitantes.

 

História - A Cocamar foi fundada pela união de 46 cafeicultores em 27 de março de 1963 e, na época, era chamada de Cooperativa de Cafeicultores de Maringá Ltda. Apesar de ter nascido pelas mãos de cafeicultores, a cooperativa ficou poucos anos lidando exclusivamente com essa atividade, a qual não garantiu sustentação. Cada vez mais forte na industrialização, a Cocamar consolidou-se como a grande organização econômica do Noroeste paranaense, tendo investido de forma pioneira em um projeto de amplo alcance econômico e social: a integração agricultura e pecuária, que abriu novas fronteiras para o moderno cultivo de grãos em lugar de pastagens degradadas. Ao mesmo tempo, viu a sua iniciativa de trazer o cultivo de laranja para a região ser coroada de sucesso, ante a forte expansão dos pomares e a agregação de renda aos produtores e municípios. Firmou-se ainda mais no segmento de varejo, com um extenso leque de produtos, além de instalar uma série de pequenas outras indústrias para aproveitar nichos de mercado.

 

 

Coamo - O dia de trabalho acabou em Campo Mourão. Recepcionados na Coamo pelo presidente José Aroldo Galassini, o grupo conheceu as iniciativas que transformaram a cooperativa na maior potência do setor na América Latina. “Nós mantemos uma dívida de gratidão com o BRDE, que sempre acreditou nos nossos projetos e juntos transformamos a Coamo num caso de sucesso”, disse Galassini.

 

Trajetória - A Coamo nasceu em 28 de novembro de 1970 com 79 agricultores associados e com um capital social de Cr$ 37.540,00. O trabalho da cooperativa fez crescer a produção de trigo na região, o que obrigou a cooperativa a alugar armazéns para receber a produção. Em 1971 já haviam sobras do exercício, o que se tornou uma tradição na cooperativa, e, no ano seguinte, saiu o primeiro armazém próprio. Em 1974 foi aprovada a construção dos primeiros entrepostos, em Engenheiro Beltrão e Mamborê. Em 1975, a Coamo instalou a sua Fazenda Experimental, a loja de peças e implantou o seu moinho de trigo. Porém, foi a partir dos anos 80 que o setor agroindustrial registrou grande impulso com o surgimento de outras indústrias, como as de óleo de soja e fiação de algodão. Em 2000 foi inaugurada a fábrica de margarina. Com o passar dos anos, a cooperativa e seus cooperados cresceram e se desenvolveram. Entrepostos foram sendo criados em diversos municípios. Hoje, eles existem em 53 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

 

Convênio - O encontro em Campo Mourão foi marcado pela assinatura de um novo convênio entre o BRDE e a Credicoamo. A recém aberta linha de crédito irá propiciar que os cooperados da Coamo invistam na compra de máquinas e equipamentos com o financiamento de longo prazo e com juros baixos.

 

Programação - A visita técnica continua nesta quinta e sexta-feira (25 e 26/08). O grupo ainda vai se reunir com os dirigentes da Copacol (Cafelândia), Copagril (Marechal Cândido Rondon), C.Vale(Palotina), Coopavel (Cascavel), Lar (Medianeira) e Frimesa (Medianeira). O roteiro será encerrado na sede da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, num encontro com o diretor-presidente brasileiro Jorge Samek e que terá ainda a presença do superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Na oportunidade serão expostas as perspectivas de se firmar parcerias entre BRDE, Itaipu Binacional e Ocepar. (Assessoria de Imprensa do BRDE)

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