BRASÍLIA: Presidente da OCB quer incluir \"custos escondidos\" nos preços mínimos
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Em audiência
pública sobre o reajuste dos produtos agropecuários, o presidente
da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio
Lopes de Freitas, disse ontem (14) e que é importante agregar no preço
mínimo desses produtos os chamados "custos escondidos", como
seguro e custos de projeto. Esses gastos, segundo Freitas, não fazem
parte da planilha de composição do preço mínimo.
A audiência foi realizada na Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, a requerimento
do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), para debater o custo de produção
e a metodologia utilizada para o cálculo dos novos preços mínimos
desses produtos, já que não houve reajuste nas últimas
duas safras.
Sem proteção - Luís Carlos Heinze informou
que a Comissão de Agricultura tentou obter recursos com o governo para
atualizar os preços dos produtos agrícolas, mas não conseguiu.
"A agricultura não tem a proteção que deveria receber
do governo", protestou. "A equipe econômica impõe a baixa
de preços a qualquer custo". Um dos participantes da reunião,
o chefe do Departamento Econômico da Confederação Nacional
da Agricultura (CNA), Getúlio Pernambuco, disse que o governo não
tem como corrigir o preço mínimo. "Foram destinados, no orçamento
deste ano, R$ 526 milhões para o setor, quando seriam necessários
R$ 2 bilhões. A soja, por exemplo, está com o preço abaixo
do custo de produção", destacou.
Presenças - Também participaram da audiência pública
o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento
Agrário, Valter Bianchini; o diretor do Departamento de Abastecimento
Agropecuário do Ministério da Agricultura, José Maria dos
Anjos; o representante da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Jacinto
Ferreira; e o secretário de Política Agropecuária da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris. (Assessoria
OCB)