Brasil quer trocar grãos por portos e estradas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina, na próxima semana, na China, memorando de cooperação para investimento em infra-estrutura no Brasil. A proposta é que um agente financeiro estatal e empresários chineses financiem as obras, em troca do fornecimento de commodities. Junto com a comitiva, seguem empresários brasileiros buscando aumentar as exportações de soja e algodão para aquele país asiático. Estimativas extra-oficiais indicam que, este ano, em decorrência dos problemas de logística, o Brasil vai perder US$ 1,2 bilhão em multas por atraso nos embarques e desembarques dos navios. Segundo o diretor geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, apenas no corredor de Santos há uma demanda não atendida de quatro milhões de toneladas e, no Sul, 20 milhões de toneladas de grãos. "É preciso resolver esses problemas de logística para que possamos alcançar a meta de, em 2007, exportar 30 milhões de toneladas de soja", afirma Sergio Mendes.

Ferrovias - Segundo o ministro conselheiro da China, Qi Linfa, o acordo entre o Brasil e a China vai permitir que os chineses financiem a revitalização de ferrovias no Brasil. Dos planos iniciais, constam ainda investimentos no porto de Itaqui (MA), por meio de um organismo estatal chinês. Outro projeto conjunto, no qual os chineses pretendem investir é na construção de uma usina siderúrgica, em parceria com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Linfa disse ainda que, segundo o memorando, os dois governos vão apoiar e coordenar os investimentos, que serão na sua maioria privados.(Fonte: Gazeta Mercantil)

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