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Brasil pode colher 6,5 milhões de toneladas de trigo em 2004

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O Brasil pode colher neste ano cerca de 6,5 milhões de toneladas de trigo. A estimativa é da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, que se reuniu nesta semana em Brasília para avaliar as perspectivas da safra 2004. Segundo o presidente da câmara, Rui Polidoro Pinto, a área plantada e a produção de trigo podem aumentar cerca de 10% neste ano em comparação com 2003, quando o país plantou 2,46 milhões de hectares e colheu 5,85 milhões de toneladas - em 2002, haviam sido colhidos apenas 2,9 milhões de toneladas de trigo. A perspectiva de aumento da produção, explica Polidoro, deve-se à quebra da safra de verão, prejudicada pela ferrugem asiática e pela seca no Sul do país. "Há uma tendência de crescimento da área do trigo como forma de compensar as perdas com a soja", diz.

Falta de chuva - A estiagem também deve reduzir a segunda safra de milho, o que estimula o plantio de trigo. Para cumprir a previsão de expansão, entretanto, o setor reivindica a antecipação da liberação dos recursos de custeio. Polidoro estima que seriam necessários R$ 600 milhões para cobrir os gastos com as lavouras em todo o país. Segundo ele, a medida é importante para influenciar a decisão de plantio dos produtores do Paraná e do Rio Grande do Sul, principais produtores brasileiros. Em ambos estados, a demanda para o custeio da safra chega a R$ 250 milhões. No Centro-Oeste e no oeste da Bahia, onde o trigo irrigado tem se expandido, seriam necessários R$ 100 milhões. Durante a reunião, a câmara setorial também debateu a mudança do sistema de classificação do trigo. Segundo o secretário-executivo da câmara, José Maria dos Anjos, o setor tem reivindicado a alteração das normas de classificação do produto, que estariam desatualizadas em relação à realidade de triticultura brasileira.

Medidas - Na safra de 2003, o Ministério da Agricultura tomou várias medidas para auxiliar os produtores de trigo, Entre elas, está a inclusão do trigo irrigado e de sequeiro do Mato Grosso no zoneamento agrícola. Estima-se um potencial imediato de 12 mil hectares para a cultura no estado. Além disso, para sustentar preços e sinalizar o mercado, vendeu contratos de opção de trigo para 270 mil toneladas no Paraná e 233,3 mil toneladas no Rio Grande do Sul a R$ 440 por tonelada. Em outubro, o ministro Roberto Rodrigues anunciou medidas de apoio à comercialização. Produtores de trigo, moinhos, cooperativas e beneficiadores passaram a contratar financiamento da Linha Especial de Crédito de Comercialização (LEC), uma espécie de Empréstimos do Governo Federal (EGFs), com prazo de pagamento de 180 dias e juros de 8,75%. O governo também destinou R$ 200 milhões para as operações de EGFs e Cédulas do Produto Rural (CPRs). Anunciou ainda R$ 50 milhões para o pré-custeio do trigo, com juros de 8,75% ao ano, para financiar a compra de sementes e fertilizantes pelos produtores de Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. (Fonte: Ministério da Agricultura)

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