BRASIL FAZ CAIXA PARA LUTAR CONTRA SUBSÍDIO AMERICANO

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A Confederação Nacional da Agricultura e a Organização das Cooperativas Brasileiras estão articulando a formação de um caixa destinado a pagar os custos de um processo que será aberto junto à Organização Mundial do Comércio contra os subsídios dos EUA aos seus produtores de soja. O processo deverá custar mais de US$ 250 milhões e para defender os produtores brasileiros foi contratado o escritório americano de advocacia Powel, Goldstein, Frazer & MUrphy LLP, o mesmo que assessorou o Brasil no contencioso envolvendo a Embraer e o Canadá. Outras instituições, como Abiove, Fundação Mato Grosso, Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), estão envolvidas na arrecadação dos recursos para pagar o processo. Estuda-se uma forma de obter uma arrecadação entre os exportadores que serão beneficiados, através da criação de um fundo, a exemplo da Associação Americana de Soja. A Ocepar integra a comissão técnica que vem discutindo formas de lutar contra as diferentes formas de protecionismo comercial.

Ofensiva brasileira na OMC - O jornal britânico Financial Times divulgou que governo brasileiro está lançando uma ofensiva inédita junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar os subsídios agrícolas e incentivos comerciais dos Estados Unidos e da União Européia (UE). Autoridades brasileiras estariam preparando ações contra os subsídios e créditos à exportação norte-americanos para a produção de soja e algodão e contra as exportações de açúcar da UE. Segundo o diário, o governo brasileiro alega que os prejuízos causados às indústrias de açúcar e soja somam US$ 2 bilhões. "Essa ação reflete a nova determinação e confiança do governo em defender seus interesses comerciais mais agressivamente após anos de protestos verbais, que foram pouco efetivos na criação de um comércio agrícola mais livre com os Estados Unidos e a Europa", diz o diário.

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